quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

DESPERTAR EMOÇÕES II de Madalena Palminha


Olá pessoal peregrino,

Comunico-vos e convido-vos a ver os meus trabalhos na minha próxima exposição de pintura a realizar em Março e Abril na Casa do Médico - S.Rafael, em Sines.
Para quem não conhece, garanto-vos que o local é muito agradável para tomar uma refeição ou mesmo um café.

Dado que este ano não poderei acompanhar-vos em mais uma peregrinação a Fátima, aproveito esta oportunidade para vos desejar uma optima CAMINHADA replecta de TRANQUILIDADE, PAZ e muita LUZ.

Um beijinho para todos

Atenciosamente
Madalena Patrício Palminha

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

As árvores despem-se...


"As árvores despem-se e voam as folhas ainda mais bastas que as ilusões dos homens" Aquilino Ribeiro






Santuário do Sr. dos Mártires em Alcácer do Sal, Fevereiro de 2012

domingo, 26 de fevereiro de 2012

I Domingo da Quaresma

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto.
Jesus esteve no deserto quarenta dias
e era tentado por Satanás.
Vivia com os animais selvagens
e os Anjos serviam-n’O.
Depois de João ter sido preso,
Jesus partiu para a Galileia
e começou a pregar o Evangelho, dizendo:
«Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus.
Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Três igrejas portuguesas entre os semifinalistas dos prémios ArchDaily 2011


Uma igreja e duas capelas portuguesas concebidas por arquitetos nacionais estão entre os cinco finalistas da categoria de espaços religiosos dos prémios atribuídos pelo site ArchDaily, que reivindica o título de mais visitado da especialidade.

O novo complexo paroquial do Estoril, concelho de Cascais (2010), foi projetado por Roseta Vaz Monteiro Arquitetos, a Capela de Santa Ana, Sousanil, Santa Maria da Feira (2009), teve conceção do Gabinete e348, enquanto que a Capela Árvore da Vida, no Seminário Conciliar de Braga (2011), tem traço de Cerejeira Fontes Arquitetos.

Os finalistas das 14 categorias da edição de 2011 dos prémios ArchDaily foram nomeados pelos leitores do site, que nos próximos 14 dias são convidados a escolher os vencedores.

Para votar é necessário o registo prévio na página através do preenchimento do primeiro e último nome, endereço eletrónico e senha de acesso, seguindo-se a escolha do projeto, operação que pode ser realizada uma vez por dia.

O site do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura apresenta várias fotografias dos três espaços religiosos portugueses finalistas, bem como uma entrevista ao pároco responsável pela Capela de Santa Ana.


Complexo da Senhora da Boa Nova, Estoril (2010)
Roseta Vaz Monteiro Arquitetos
Fotografia: João Morgado









Capela de Santa Ana, Sousanil, Santa Maria da Feira (2009)
Gabinete e348
Fotografia: Fernando Guerra, Gabinete e348








Capela Árvore da Vida, Braga (2011)
Cerejeira Fontes Arquitetos
Fotografia: Nelson Garrido






sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mensagem Quaresmal do Arcebispo de Évora D. José Alves

"PRESTAI ATENÇÃO UNS AOS OUTROS (Heb 10,24)



Quaresma foi instituída pela Igreja com a dupla finalidade de preparar os adultos para o Baptismo e todo o povo cristão para a celebração da solenidade da Páscoa. Tem-se mantido ao longo dos séculos como um tempo especial em que todos os cristãos são convidados a adoptar um estilo de vida em correspondência com os ideais evangélicos, dispondo-se a corrigir deficiências morais, purificar intenções e ampliar a prática das boas obras, pela qual se torna efectiva a lei sublime do amor ao próximo, resumo de toda a mensagem evangélica.Querendo ajudar os cristãos de todo o mundo a viver este tempo sagrado da Quaresma em sintonia de pensamento e acção, Bento XVI, na peugada dos seus antecessores, todos os anos publica uma mensagem, chamando a atenção de todos os fiéis para alguma das situações mais cruciais do nosso tempo e apontando caminhos para ir ao seu encontro. Este ano, com palavras da Carta aos Hebreus, convida-nos a prestar atenção às pessoas que vivem à nossa volta, independentemente dos laços familiares que a elas nos possam unir. Pois, sendo todos nós membros da grande família humana, todos temos obrigação de prestar atenção uns aos outros. Afinal, todos temos uma origem e um fim comum. A paternidade única de Deus torna-nos a todos irmãos uns dos outros.Se reflectirmos um pouco, facilmente concluiremos que o alerta do papa vem mesmo a propósito das situações difíceis que se vivem no nosso país, onde, dia a dia, crescem as dificuldades para muitos dos nossos concidadãos, por falta de alguém que lhes preste atenção, quando as dificuldades batem à porta. Tenhamos presentes os casos de pessoas de idade avançada que vivem sozinhas e chegam mesmo a morrer sem que alguém se tenha dado conta, durante semanas, meses e até anos. Pensemos ainda nas pessoas que se encontram sem recursos económicos para viver com um mínimo de dignidade, ficando reduzidas à desumana condição de miséria e, por vezes, sem um tecto onde se possam abrigar.Infelizmente, são poucos os que prestam atenção a estes casos extremos. E, ao contrário, é cada vez maior o número dos que vivem centrados nos próprios interesses, enredados na espiral sem fim do consumismo, que funciona como autêntica anestesia espiritual, potenciadora de perniciosos egoísmos e propiciadora de um clima de fria indiferença a toda a espécie de infortúnios que se multiplicam a um ritmo cada vez mais acelerado.Não poderá ser essa a atitude dos cristãos. Os discípulos de Jesus Cristo devem seguir os passos do seu Mestre. Ora, nunca Jesus voltou as costas ou ignorou os doentes nem os pobres. Antes pelo contrário. Foi ao seu encontro, fixou neles o olhar com amor, tomou-os pela mão com carinho e sarou-os. Não possuindo nós os poderes taumatúrgicos de Jesus não poderemos operar milagres. Mas, pela força do amor que foi derramado nos nossos corações, para nos abrir a mente e o coração, podemos prestar atenção, podemos amar, podemos ajudar, se quisermos. Basta que, metendo a mão na consciência, sinceramente nos interroguemos sobre o que em concreto podemos fazer a favor dos nossos irmãos mais carenciados e nos decidamos a praticar as boas obras que estão ao nosso alcance. Cada um de nós é convidado a estender a mão para levantar o caído, ajudar o pobre, consolar o desalentado, fazer companhia ao que vive em solidão, ensinar o ignorante, corrigir o que errou e rezar por todos. A Quaresma há-de ser um tempo sagrado que nos ajuda a viver uma relação autêntica de verdade com Deus, connosco mesmos e com os outros. Pois só nessa tríplice relação se concretiza a plenitude da vida, a que chamamos felicidade. Com efeito, a Quaresma, instituída para nos ajudar a sermos felizes, convida-nos a prestar atenção aos outros, porque sem eles não podemos alcançar a vida plena. Eis a razão porque a Igreja também instituiu neste tempo a renúncia e a partilha dos bens com os mais carenciados. Este ano, o produto das renúncias voluntárias em tempo de Quaresma será entregue mais uma vez à Caritas Diocesana para que, através dos pólos distribuídos pela Arquidiocese, faça chegar aos que se encontram em dificuldades um sinal de fraternidade cristã e de amor de Deus.Passada a Páscoa, peço aos Vigários da Vara que, em atitude de colaboração generosa e a exemplo do ano passado, juntem o produto da renúncia das paróquias da Vigararia e o façam chegar à Cúria.

Évora, 7 de Fevereiro de 2012, Festa das Cinco Chagas do Senhor

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

4 anos a Caminhar do Sul




Foi há precisamente 4 anos que "Caminhar do Sul" começou a deixar as suas pegadas na blogosfera.



48 meses percorridos,
129 840 peregrinos a caminhar,
1497 pegadas deixadas,
89 peregrinos com inscrição diária,
457 momentos de oração,
muitos caminhos percorridos... e outros tantos a percorrer...

A todos os que caminharam connosco o nosso BEM HAJA!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

QUARTA-FEIRA DE CINZAS

Quarta-feira de cinzas,
obra do pintor alemão Carl Spitzweg.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA 2012

«Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmosao amor e às boas obras» (Heb 10, 24)

Irmãos e irmãs!
A Quaresma oferece-nos a oportunidade de reflectir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.
Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus: «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus. O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor «com um coração sincero, com a plena segurança da fé» (v. 22), de conservarmos firmemente «a profissão da nossa esperança» (v. 23), numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, «o amor e as boas obras» (v. 24). Na passagem em questão afirma-se também que é importante, para apoiar esta conduta evangélica, participar nos encontros litúrgicos e na oração da comunidade, com os olhos fixos na meta escatológica: a plena comunhão em Deus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre actual sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal.
1. «Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.
O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objecto de solícita e cuidadosa Providência divina (cf. Lc 12, 24), e a «dar-se conta» da trave que têm na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus, quando convida a «considerar Jesus» (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo Sacerdote da nossa fé. Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada». Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos (cf. Gn 4, 9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem. O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o facto de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão. O Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo actual sofre sobretudo de falta de fraternidade: «O mundo está doente. O seu mal reside mais na crise de fraternidade entre os homens e entre os povos, do que na esterilização ou no monopólio, que alguns fazem, dos recursos do universo» (Carta enc.
Populorum progressio, 66).
A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sal 119/118, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão. O que é que impede este olhar feito de humanidade e de carinho pelo irmão? Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o antepor a tudo os nossos interesses e preocupações próprias. Sempre devemos ser capazes de «ter misericórdia» por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre. Diversamente, a humildade de coração e a experiência pessoal do sofrimento podem, precisamente, revelar-se fonte de um despertar interior para a compaixão e a empatia: «O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende» (Prov 29, 7). Deste modo entende-se a bem-aventurança «dos que choram» (Mt 5, 4), isto é, de quantos são capazes de sair de si mesmos porque se comoveram com o sofrimento alheio. O encontro com o outro e a abertura do coração às suas necessidades são ocasião de salvação e de bem-aventurança.
O facto de «prestar atenção» ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correcção fraterna, tendo em vista a salvação eterna. De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos. Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas comunidades verdadeiramente maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino derradeiro. Lemos na Sagrada Escritura: «Repreende o sábio e ele te amará. Dá conselhos ao sábio e ele tornar-se-á ainda mais sábio, ensina o justo e ele aumentará o seu saber» (Prov 9, 8-9). O próprio Cristo manda repreender o irmão que cometeu um pecado (cf. Mt 18, 15). O verbo usado para exprimir a correcção fraterna – elenchein – é o mesmo que indica a missão profética, própria dos cristãos, de denunciar uma geração que se faz condescendente com o mal (cf. Ef 5, 11). A tradição da Igreja enumera entre as obras espirituais de misericórdia a de «corrigir os que erram». É importante recuperar esta dimensão do amor cristão. Não devemos ficar calados diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca há-de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão. Diz o apóstolo Paulo: «Se porventura um homem for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi essa pessoa com espírito de mansidão, e tu olha para ti próprio, não estejas também tu a ser tentado» (Gl 6, 1). Neste nosso mundo impregnado de individualismo, é necessário redescobrir a importância da correcção fraterna, para caminharmos juntos para a santidade. É que «sete vezes cai o justo» (Prov 24, 16) – diz a Escritura –, e todos nós somos frágeis e imperfeitos (cf. 1 Jo 1, 8). Por isso, é um grande serviço ajudar, e deixar-se ajudar, a ler com verdade dentro de si mesmo, para melhorar a própria vida e seguir mais rectamente o caminho do Senhor. Há sempre necessidade de um olhar que ama e corrige, que conhece e reconhece, que discerne e perdoa (cf. Lc 22, 61), como fez, e faz, Deus com cada um de nós.
2. «Uns aos outros»: o dom da reciprocidade.
O facto de sermos o «guarda» dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de a considerar na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual. Uma sociedade como a actual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã! O apóstolo Paulo convida a procurar o que «leva à paz e à edificação mútua» (Rm 14, 19), favorecendo o «próximo no bem, em ordem à construção da comunidade» (Rm 15, 2), sem buscar «o próprio interesse, mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos» (1 Cor 10, 33). Esta recíproca correcção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida da comunidade cristã.
Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» (1 Cor 12, 25) – afirma São Paulo –, porque somos um e o mesmo corpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja. E é também atenção aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e omnipotente, continua a realizar nos seus filhos. Quando um cristão vislumbra no outro a acção do Espírito Santo, não pode deixar de se alegrar e dar glória ao Pai celeste (cf. Mt 5, 16).
3. «Para nos estimularmos ao amor e às boas obras»: caminhar juntos na santidade.
Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10, 24) impele-nos a considerar a vocação universal à santidade como o caminho constante na vida espiritual, a aspirar aos carismas mais elevados e a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf. 1 Cor 12, 31 – 13, 13). A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efectivo sempre maior, «como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia» (Prov 4, 18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo (cf. Ef 4, 13). É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a estimular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.
Infelizmente, está sempre presente a tentação da tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de «pôr a render os talentos» que nos foram dados para bem nosso e dos outros (cf. Mt 25, 24-28). Todos recebemos riquezas espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da Igreja e para a nossa salvação pessoal (cf. Lc 12, 21; 1 Tm 6, 18). Os mestres espirituais lembram que, na vida de fé, quem não avança, recua. Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o convite, sempre actual, para tendermos à «medida alta da vida cristã» (João Paulo II, Carta ap.
Novo millennio ineunte, 31). A Igreja, na sua sabedoria, ao reconhecer e proclamar a bem-aventurança e a santidade de alguns cristãos exemplares, tem como finalidade também suscitar o desejo de imitar as suas virtudes. São Paulo exorta: «Adiantai-vos uns aos outros na mútua estima» (Rm 12, 10).
Que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas (cf. Heb 6, 10). Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Bênção Apostólica.
Vaticano, 3 de Novembro de 2011

BENEDICTUS PP. XVI

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Adoração ao Santíssimo



Queres Ficar Curado?




Igreja de Santa Maria, Beja
Fevereiro de 2012

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

9ª Peregrinação a pé - DVD

Já se encontra disponível o DVD da 9ª Peregrinação a pé a Fátima.




Durante 120 minutos pode rever momentos inesquecíveis vividos nos sete dias de peregrinação. As fotos foram tiradadas por vários peregrinos e a edição e montagem é da responsabilidade do João Palma.

Caso esteja interessado em adquirir este DVD contacte as guias da peregrinação.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Adoração ao Santíssimo Sacramento

É já no próximo Sábado, 11 de Fevereiro pelas 21h00 na Igreja de Santa Maria em Beja, a próxima Adoração ao Santíssimo Sacramento.
Vamos Adorar Jesus no mesmo dia em que a Igreja celebra o dia de Nossa Senhora de Lourdes e o Dia Internacional do Doente...coloquemos também no Coração de Jesus todos aqueles que sofrem...


Jesus, como há mais de 2000 anos atrás, convida-te:


"Vem e segue-me"

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Nos caminhos de Santiago...

PEREGRINAÇÃO A SANTIAGO DE COMPOSTELA
29 de JULHO a 3 de AGOSTO





1º Dia – 29 Julho 2012
Lisboa / Fátima / Vigo

Comparência no Santuário Senhor dos Mártires em Alcácer do Sal e, embarque no autocarro de Turismo. Partida em direcção a Fátima. Paragem no santuário – cerca de 2horas. Continuação da viagem em direcção a Vigo. Chegada ao Hotel Canaima 2* Check in e distribuição dos quartos. Resto da tarde livre.
Jantar no Hotel. Alojamento.


2º Dia – 30 Julho 2012
Vigo/ Redondela - Pontevedra

Pequeno-almoço no hotel. Check out.
Transporte até Redondela para início da caminhada. (16 Km – dificuldade média)
Os não participantes na caminhada terão manhã livre em Redondela. No final da caminhada, transporte até ao hotel em Pontevedra (autocarro guardará toda a bagagem do grupo). Chegada ao Hotel Galicia Palace 4*. Check in e distribuição dos quartos. Tarde livre para explorar a cidade.
Jantar no Hotel. Alojamento.


3º Dia – 31 Julho 2012
Pontevedra - Caldas de Rey / Padrón

Pequeno-almoço no hotel. Check Out.
Partida dos peregrinos em caminhada para Caldas de Rey. (23 Km – dificuldade média)
Os não participantes seguirão de autocarro directamente até Padrón. No final da caminhada (termina em Caldas de Rey), transporte até ao hotel em Padrón (autocarro guardará toda a bagagem do grupo).
Chegada ao Hotel Scala 3*. Check in e distribuição dos quartos. Tarde livre para explorar a cidade.
Jantar no Hotel. Alojamento.


4º Dia – 01 Agosto 2012
Caldas de Rey - Padrón

Pequeno-almoço no hotel.
Transporte dos caminhantes até Caldas de Rey. Partida dos peregrinos em caminhada Caldas de Rey - Padrón. (19 Km – dificuldade média)
Tarde livre para explorar a cidade.
Jantar no Hotel. Alojamento.


5º Dia – 02 Agosto 2012
Padrón - Santiago Compostela

Pequeno-almoço no hotel. Check Out.
Partida dos peregrinos em caminhada para Santiago Compostela. (23 Km – dificuldade baixa)
Os não participantes seguirão de autocarro directamente até Santiago Compostela, onde terão dia livre. No final da caminhada, transporte até ao hotel em Santiago Compostela (autocarro guardará toda a bagagem do grupo).
Chegada ao Hostal PR México 3*. Check in e distribuição dos quartos. Tarde livre para explorar a cidade. Jantar no Hotel. Alojamento.


6º Dia – 3 Agosto 2012
Santiago Compostela / Fátima / Alcácer do Sal

Pequeno-almoço no hotel. Check Out.
Manhã livre para explorar Santiago Compostela. Almoço livre. Pelas 14h00, partida em direcção a Fátima. Paragem no santuário – cerca de 1hora. Continuação da viagem em direcção a Alcácer do Sal. Chegada ao final da tarde.


PREÇOS
Valor base por Pessoa / Mínimo 40 Pessoas
Quarto Duplo € 350,00

SUPLEMENTOS
Suplemento Quarto Individual € 75,00




Esta Peregrinação é exclusiva para os peregrinos que caminharam para Fátima ao longo dos ultimos 10 anos, integrados no GRUPO CAMINHAR DO SUL. O numero máximo de inscrições é 50. Caso hajam muitos peregrinos interessados a seleção é feita por ordem de inscrição.
Só aceitaremos inscrições de fora se houver excedente de vagas. Dá-se preferência a quem caminhe a pé.
RESERVE JÁ O SEU LUGAR!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Caminhar do Sul no Mundo