quarta-feira, 30 de março de 2011

Peregrinos a caminho

No passado sábado o grupo de peregrinos de Sines iniciou a primeira de três etapas que dista Sines de Alcácer do Sal.


Percorridos 26 quilómetros, com vista a encurtar o espaço que os separa de Alcácer do Sal, esta primeira etapa primou por alguns sobressaltos: um pé torcido uns dias antes por uma peregrina que vai pela 1ª vez e umas bolinhas reincidentes numa outra estreante também.



No próximo dia 3 de Aril irão percorrer a segunda etapa. Sem sobressaltos assim esperamos!

domingo, 20 de março de 2011

Reunião de peregrinos 2011

No passado sábado realizou-se a reunião de peregrinos para preparação da 9ª peregrinação a pé até ao Santuário de Fátima. Após as guias terem dado as boas vindas aos presentes, o Sr. Padre Ricardo deu inicio a esta reunião abordando o tema: significado da palavra “peregrinar” e a influência que ela tem na vida do peregrino, seguindo-se as recomendações do que se deve levar e as regras a cumprir para se peregrinar em segurança.



Depois do esclarecimento de duvidas e da recolha de dados em falta, as guias ofereceram um pequeno lanche terminando assim este encontro num ambiente de alegria e de esperança.

sábado, 19 de março de 2011

sexta-feira, 18 de março de 2011

Parabéns Madalena!

15 Março


quarta-feira, 16 de março de 2011

9ª Peregrinação a pé - Reunião geral de peregrinos


O grupo Caminhar do Sul vai realizar no próximo sábado dia 19 de Março pelas 15h00, no Salão Paroquial de Alcácer do Sal (junto do Auditório Municipal), uma reunião geral de peregrinos.

Baseada
no tema “Peregrinar a pé: razões e recomendações” esta reunião contará com o apoio do Sr. Padre Ricardo Lameira e será orientada pelas guias da peregrinação. O seu principal objectivo será ajudar o peregrino a melhor preparar e organizar esta peregrinação.

Neste sentido as guias agradecem a presença de todos os peregrinos inscritos para que todos juntos possamos dar o primeiro passo desta 9ª caminhada de fé até ao Santuário de Fátima.

terça-feira, 15 de março de 2011

Parabéns Madalena!

18 de Março



segunda-feira, 14 de março de 2011

Loja Solidária de Santa Felicíssima - Um projecto, uma obra


Junho de 2010




Fevereiro de 2011









Março de 2011








"Amigos:

Hoje é um dia de alegria. A inauguração desta Loja Solidária é um sinal visível da vitalidade da CSVP de Santa Felicíssima fundada em 9 de Junho de 1953, continuando desde então aberta a quantos desejem viver a sua fé no amor e serviço aos irmãos carentes.

Assim a Loja Solidária será mais um meio que temos à nossa disposição para realizar o principal objectivo da Conferência: aliviar o sofrimento e contribuir para a dignidade dos homens.

Alicerçada no fundador Frederico Ozanam, a Conferência de S. Vicente de Paulo de Alcácer do Sal tomou a decisão de abrir uma Loja Solidária tendo ultrapassado num esforço colectivo as dificuldades e desconfianças que permitiu pôr de pé o projecto que hoje festejamos.

Queremos agradecer a presença do Senhor Padre e de todos os Amigos na inauguração desta Loja que só funcionará com a ajuda e a partilha de todos. Deste modo contamos com os Membros da Conferência e agradecemos a colaboração dos que aqui trabalharam e dos que contribuíram para que esta Loja atinja o objectivo para que foi criada: minorar o sofrimento das famílias em dificuldades, dos idosos e dos doentes.
Obrigada.

Alcácer do Sal, 12 de Março de 2011"
Discurso de Inauguração da Loja Solidária



domingo, 13 de março de 2011

sábado, 12 de março de 2011

Inauguração da Loja Solidária de Santa Felicíssima



A Conferência Vicentina de Santa Felícissima inaugura hoje dia 12 de Março pelas 15h30m a sua Loja Solidária.

Esta Loja abrirá as sua portas na Rua da República nº 29 (Rua Direita) em Alcácer do sal e terá como principal objectivo suprir as necessidades imediatas das famílias mais carenciadas do nosso concelho através da recolha e distribuição de objectos novos e usados, doados, por particulares ou empresas nomeadamente: roupa, calçado, têxteis, artigos para o lar, pequenos e grandes electrodomésticos, brinquedos e livros.

Fundada em 9 de Junho de 1953, a Conferência Vicentina de Santa Felicíssima desenvolve a sua actividade há mais de 57 anos no concelho de Alcácer do Sal. Actualmente conta com o apoio de 17 membros, um número significativo de benfeitores, e procura assegurar a assistência regular a 25 famílias residentes no concelho.

sexta-feira, 11 de março de 2011

quarta-feira, 9 de março de 2011

sábado, 5 de março de 2011

Mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2011

«Sepultados com Ele no baptismo, foi também com Ele que ressuscitastes» (cf. Cl 2, 12)

Amados irmãos e irmãs!

A Quaresma, que nos conduz à celebração da Santa Páscoa, é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante, em vista do qual me sinto feliz por dirigir uma palavra específica para que seja vivido com o devido empenho. Enquanto olha para o encontro definitivo com o seu Esposo na Páscoa eterna, a Comunidade eclesial, assídua na oração e na caridade laboriosa, intensifica o seu caminho de purificação no espírito, para haurir com mais abundância do Mistério da redenção a vida nova em Cristo Senhor (cf. Prefácio I de Quaresma).


1. Esta mesma vida já nos foi transmitida no dia do nosso Baptismo, quando, «tendo-nos tornado partícipes da morte e ressurreição de Cristo» iniciou para nós «a aventura jubilosa e exaltante do discípulo» (Homilia na Festa do Baptismo do Senhor, 10 de Janeiro de 2010). São Paulo, nas suas Cartas, insiste repetidas vezes sobre a singular comunhão com o Filho de Deus realizada neste lavacro. O facto que na maioria dos casos o Baptismo se recebe quando somos crianças põe em evidência que se trata de um dom de Deus: ninguém merece a vida eterna com as próprias forças. A misericórdia de Deus, que lava do pecado e permite viver na própria existência «os mesmos sentimentos de Jesus Cristo» (Fl 2, 5), é comunicada gratuitamente ao homem.

O Apóstolo dos gentios, na Carta aos Filipenses, expressa o sentido da transformação que se realiza com a participação na morte e ressurreição de Cristo, indicando a meta: que assim eu possa «conhecê-Lo, a Ele, à força da sua Ressurreição e à comunhão nos Seus sofrimentos, configurando-me à Sua morte, para ver se posso chegar à ressurreição dos mortos» (Fl 3, 10-11). O Baptismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do baptizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo.

Um vínculo particular liga o Baptismo com a Quaresma como momento favorável para experimentar a Graça que salva. Os Padres do Concílio Vaticano II convidaram todos os Pastores da Igreja a utilizar «mais abundantemente os elementos baptismais próprios da liturgia quaresmal» (Const. Sacrosanctum Concilium, 109). De facto, desde sempre a Igreja associa a Vigília Pascal à celebração do Baptismo: neste Sacramento realiza-se aquele grande mistério pelo qual o homem morre para o pecado, é tornado partícipe da vida nova em Cristo Ressuscitado e recebe o mesmo Espírito de Deus que ressuscitou Jesus dos mortos (cf. Rm 8, 11). Este dom gratuito deve ser reavivado sempre em cada um de nós e a Quaresma oferece-nos um percurso análogo ao catecumenato, que para os cristãos da Igreja antiga, assim como também para os catecúmenos de hoje, é uma escola insubstituível de fé e de vida cristã: deveras eles vivem o Baptismo como um acto decisivo para toda a sua existência.


2. Para empreender seriamente o caminho rumo à Páscoa e nos prepararmos para celebrar a Ressurreição do Senhor – a festa mais jubilosa e solene de todo o Ano litúrgico – o que pode haver de mais adequado do que deixar-nos conduzir pela Palavra de Deus? Por isso a Igreja, nos textos evangélicos dos domingos de Quaresma, guia-nos para um encontro particularmente intenso com o Senhor, fazendo-nos repercorrer as etapas do caminho da iniciação cristã: para os catecúmenos, na perspectiva de receber o Sacramento do renascimento, para quem é baptizado, em vista de novos e decisivos passos no seguimento de Cristo e na doação total a Ele.

O primeiro domingo do itinerário quaresmal evidencia a nossa condição do homens nesta terra. O combate vitorioso contra as tentações, que dá início à missão de Jesus, é um convite a tomar consciência da própria fragilidade para acolher a Graça que liberta do pecado e infunde nova força em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Ordo Initiationis Christianae Adultorum, n. 25). É uma clara chamada a recordar como a fé cristã implica, a exemplo de Jesus e em união com Ele, uma luta «contra os dominadores deste mundo tenebroso» (Hb 6, 12), no qual o diabo é activo e não se cansa, nem sequer hoje, de tentar o homem que deseja aproximar-se do Senhor: Cristo disso sai vitorioso, para abrir também o nosso coração à esperança e guiar-nos na vitória às seduções do mal.

O Evangelho da Transfiguração do Senhor põe diante dos nossos olhos a glória de Cristo, que antecipa a ressurreição e que anuncia a divinização do homem. A comunidade cristã toma consciência de ser conduzida, como os apóstolos Pedro, Tiago e João, «em particular, a um alto monte» (Mt 17, 1), para acolher de novo em Cristo, como filhos no Filho, o dom da Graça de Deus: «Este é o Meu Filho muito amado: n’Ele pus todo o Meu enlevo. Escutai-O» (v. 5). É o convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus: Ele quer transmitir-nos, todos os dias, uma Palavra que penetra nas profundezas do nosso espírito, onde discerne o bem e o mal (cf. Hb 4, 12) e reforça a vontade de seguir o Senhor.

O pedido de Jesus à Samaritana: «Dá-Me de beber» (Jo 4, 7), que é proposto na liturgia do terceiro domingo, exprime a paixão de Deus por todos os homens e quer suscitar no nosso coração o desejo do dom da «água a jorrar para a vida eterna» (v. 14): é o dom do espírito Santo, que faz dos cristãos «verdadeiros adoradores» capazes de rezar ao Pai «em espírito e verdade» (v. 23). Só esta água pode extinguir a nossa sede do bem, da verdade e da beleza! Só esta água, que nos foi doada pelo Filho, irriga os desertos da alma inquieta e insatisfeita, «enquanto não repousar em Deus», segundo as célebres palavras de Santo Agostinho.

O domingo do cego de nascença apresenta Cristo como luz do mundo. O Evangelho interpela cada um de nós: «Tu crês no Filho do Homem?». «Creio, Senhor» (Jo 9, 35.38), afirma com alegria o cego de nascença, fazendo-se voz de todos os crentes. O milagre da cura é o sinal que Cristo, juntamente com a vista, quer abrir o nosso olhar interior, para que a nossa fé se torne cada vez mais profunda e possamos reconhecer n’Ele o nosso único Salvador. Ele ilumina todas as obscuridades da vida e leva o homem a viver como «filho da luz».

Quando, no quinto domingo, nos é proclamada a ressurreição de Lázaro, somos postos diante do último mistério da nossa existência: «Eu sou a ressurreição e a vida... Crês tu isto?» (Jo 11, 25-26). Para a comunidade cristã é o momento de depor com sinceridade, juntamente com Marta, toda a esperança em Jesus de Nazaré: «Sim, Senhor, creio que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo» (v. 27). A comunhão com Cristo nesta vida prepara-nos para superar o limite da morte, para viver sem fim n’Ele. A fé na ressurreição dos mortos e a esperança da vida eterna abrem o nosso olhar para o sentido derradeiro da nossa existência: Deus criou o homem para a ressurreição e para a vida, e esta verdade doa a dimensão autêntica e definitiva à história dos homens, à sua existência pessoal e ao seu viver social, à cultura, à política, à economia. Privado da luz da fé todo o universo acaba por se fechar num sepulcro sem futuro, sem esperança.

O percurso quaresmal encontra o seu cumprimento no Tríduo Pascal, particularmente na Grande Vigília na Noite Santa: renovando as promessas baptismais, reafirmamos que Cristo é o Senhor da nossa vida, daquela vida que Deus nos comunicou quando renascemos «da água e do Espírito Santo», e reconfirmamos o nosso firme compromisso em corresponder à acção da Graça para sermos seus discípulos.


3. O nosso imergir-nos na morte e ressurreição de Cristo através do Sacramento do Baptismo, estimula-nos todos os dias a libertar o nosso coração das coisas materiais, de um vínculo egoísta com a «terra», que nos empobrece e nos impede de estar disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Em Cristo, Deus revelou-se como Amor (cf 1 Jo 4, 7-10). A Cruz de Cristo, a «palavra da Cruz» manifesta o poder salvífico de Deus (cf. 1 Cor 1, 18), que se doa para elevar o homem e dar-lhe a salvação: amor na sua forma mais radical (cf. Enc. Deus caritas est, 12). Através das práticas tradicionais do jejum, da esmola e da oração, expressões do empenho de conversão, a Quaresma educa para viver de modo cada vez mais radical o amor de Cristo. O Jejum, que pode ter diversas motivações, adquire para o cristão um significado profundamente religioso: tornando mais pobre a nossa mesa aprendemos a superar o egoísmo para viver na lógica da doação e do amor; suportando as privações de algumas coisas – e não só do supérfluo – aprendemos a desviar o olhar do nosso «eu», para descobrir Alguém ao nosso lado e reconhecer Deus nos rostos de tantos irmãos nossos. Para o cristão o jejum nada tem de intimista, mas abre em maior medida para Deus e para as necessidades dos homens, e faz com que o amor a Deus seja também amor ao próximo (cf. Mc 12, 31).

No nosso caminho encontramo-nos perante a tentação do ter, da avidez do dinheiro, que insidia a primazia de Deus na nossa vida. A cupidez da posse provoca violência, prevaricação e morte: por isso a Igreja, especialmente no tempo quaresmal, convida à prática da esmola, ou seja, à capacidade de partilha. A idolatria dos bens, ao contrário, não só afasta do outro, mas despoja o homem, torna-o infeliz, engana-o, ilude-o sem realizar aquilo que promete, porque coloca as coisas materiais no lugar de Deus, única fonte da vida. Como compreender a bondade paterna de Deus se o coração está cheio de si e dos próprios projectos, com os quais nos iludimos de poder garantir o futuro? A tentação é a de pensar, como o rico da parábola: «Alma, tens muitos bens em depósito para muitos anos...». «Insensato! Nesta mesma noite, pedir-te-ão a tua alma...» (Lc 12, 19-20). A prática da esmola é uma chamada à primazia de Deus e à atenção para com o próximo, para redescobrir o nosso Pai bom e receber a sua misericórdia.

Em todo o período quaresmal, a Igreja oferece-nos com particular abundância a Palavra de Deus. Meditando-a e interiorizando-a para a viver quotidianamente, aprendemos uma forma preciosa e insubstituível de oração, porque a escuta atenta de Deus, que continua a falar ao nosso coração, alimenta o caminho de fé que iniciámos no dia do Baptismo. A oração permite-nos também adquirir uma nova concepção do tempo: de facto, sem a perspectiva da eternidade e da transcendência ele cadencia simplesmente os nossos passos rumo a um horizonte que não tem futuro. Ao contrário, na oração encontramos tempo para Deus, para conhecer que «as suas palavras não passarão» (cf. Mc 13, 31), para entrar naquela comunhão íntima com Ele «que ninguém nos poderá tirar» (cf. Jo 16, 22) e que nos abre à esperança que não desilude, à vida eterna.



Em síntese, o itinerário quaresmal, no qual somos convidados a contemplar o Mistério da Cruz, é «fazer-se conformes com a morte de Cristo» (Fl 3, 10), para realizar uma conversão profunda da nossa vida: deixar-se transformar pela acção do Espírito Santo, como São Paulo no caminho de Damasco; orientar com decisão a nossa existência segundo a vontade de Deus; libertar-nos do nosso egoísmo, superando o instinto de domínio sobre os outros e abrindo-nos à caridade de Cristo. O período quaresmal é momento favorável para reconhecer a nossa debilidade, acolher, com uma sincera revisão de vida, a Graça renovadora do Sacramento da Penitência e caminhar com decisão para Cristo.


Queridos irmãos e irmãs, mediante o encontro pessoal com o nosso Redentor e através do jejum, da esmola e da oração, o caminho de conversão rumo à Páscoa leva-nos a redescobrir o nosso Baptismo. Renovemos nesta Quaresma o acolhimento da Graça que Deus nos concedeu naquele momento, para que ilumine e guie todas as nossas acções. Tudo o que o Sacramento significa e realiza, somos chamados a vivê-lo todos os dias num seguimento de Cristo cada vez mais generoso e autêntico. Neste nosso itinerário, confiemo-nos à Virgem Maria, que gerou o Verbo de Deus na fé e na carne, para nos imergir como ela na morte e ressurreição do seu Filho Jesus e ter a vida eterna.

BENEDICTUS PP XVI

(tradução oficial do Vaticano)

sexta-feira, 4 de março de 2011

Mensagem quaresmal do arcebispo de Évora


Se quisermos receber, temos que dar!

A Quaresma foi instituída com a finalidade de preparar os cristãos para a celebração do mistério pascal, centro e fonte de toda a vida litúrgica. Nos primeiros séculos da sua vigência esteve intimamente associada à preparação dos catecúmenos para o Baptismo e constituía mesmo a última etapa dessa preparação, que culminava com a celebração do Baptismo no decorrer da Vigília Pascal.

Quando se generalizou o Baptismo das crianças, esbateu-se o carácter baptismal da Quaresma, que passou a ser entendida como tempo de consciencialização e actualização da graça baptismal, através da conversão espiritual e da prática do sacramento da Penitência. Mas o II Concílio do Vaticano restaurou o catecumenado dos adultos e propôs que se utilizassem mais abundantemente os elementos baptismais próprios da liturgia do Baptismo (SC, 109), com a dupla finalidade de proporcionar aos catecúmenos, cada vez mais numerosos, a preparação próxima para o Baptismo e de ajudar os que foram baptizados na infância a consciencializar o dom maravilhoso da graça baptismal, através das leituras proclamadas nas celebrações da Eucaristia e dos ritos litúrgicos próprios do itinerário catecumenal.

Com efeito, as leituras que este ano usaremos nos domingos da Quaresma mostram como a graça baptismal nos purifica do pecado de origem e nos dá força para lutarmos contra os dominadores deste mundo tenebroso (Hb 6,12); nos permite subir a um alto monte (Mt 17,1) para acolher de novo, em Cristo, o dom da graça de Deus; suscita no coração o desejo da água a jorrar para a vida eterna (Jo 4,14); abre o nosso olhar interior e ilumina as trevas da nossa vida, para que possamos viver como filhos da luz; e nos prepara para superar os limites da morte pela ressurreição com Cristo que é ressurreição e vida (Jo 11,25).

O papa Bento XVI, que na sua mensagem quaresmal evidencia a relação íntima entre o Baptismo e a Quaresma, afirma que o aprofundamento da graça baptismal nos estimula a libertar o nosso coração das coisas materiais e do vínculo egoísta com a terra, que nos empobrece e nos impede de estarmos disponíveis e abertos a Deus e ao próximo. Na verdade, para os baptizados a Quaresma há-de ser tempo de conversão, de purificação e de renovação interior, usando os meios que a Igreja, continuadora da obra de Cristo, coloca continuamente à nossa disposição.

A partilha dos bens é um dos meios mais nobres e, porventura, mais eficaz para nos levar à conversão do coração. Este ano, tendo em conta a difícil situação económica em que se encontram muitas famílias no nosso país, será também o mais necessário e urgente para ajudarmos a resolver os graves problemas por que estão a passar tantos irmãos nossos. Por isso, peço a todas as comunidades paroquiais e a todos os estimados diocesanos que se disponibilizem para ampliar os gestos de partilha de bens, dentro das suas possibilidades. Como nos diz a Sagrada Escritura no livro de Tobite, a partilha de bens é uma obrigação de todos. Dos que têm muito e dos que têm pouco. E quem dá deve fazê-lo tão generosamente que nunca fique com os olhos presos ao que tiver dado (Tob 4,16). Além disso, o cristão nunca pode esquecer que a esmola ultrapassa o nível dos gestos filantrópicos para se tornar um gesto religioso, que sempre andou ligado às celebrações litúrgicas e às festas. E por ela a alma se eleva para Deus, que proclama bem-aventurado aquele que pensa no pobre e no fraco (Sl 41,1).

O próprio Jesus Cristo, em muitos dos Seus ensinamentos, recomenda a esmola, feita desinteressadamente (Mt 6,1), sem medida (Lc 6,30) e sem esperar nada em troca (Lc 14,14). Nos escritos do Novo Testamento, quando se fala de esmola e de partilha de bens não estão em causa apenas os bens materiais. Pois também os dons espirituais se podem e devem partilhar (Act 3,6). Por outro lado, o trabalho a favor dos necessitados é igualmente uma excelente forma de ajuda, como recomenda S. Paulo aos cristãos de Éfeso (Ef 4,28) e nos é solicitado a todos neste ano europeu dedicado ao voluntariado.

Espero que a vivência desta Quaresma ajude todos os diocesanos a viver intensamente a maravilhosa graça do Baptismo que fez de todos nós irmãos uns dos outros, chamados à partilha dos bens, dentro das possibilidades de cada um, e tendo sempre presentes as palavras de Jesus: a medida que usardes para os outros será também usada para vós (Lc 6,38). Se quisermos receber, temos que dar!

O produto da renúncia quaresmal deste ano destina-se a reforçar o fundo diocesano de apoio aos mais carenciados, que é gerido pela Caritas Diocesana, através dos seus serviços e, nomeadamente, dos vinte e um núcleos de apoio social, espalhados por toda a Arquidiocese. Seguindo o modelo usado no ano passado, a seguir à Páscoa, os Vigários da Vara, depois de terem recolhido o produto da renúncia quaresmal de todas as paróquias da sua circunscrição, farão o favor de o enviar à Cúria Arquidiocesana que, por sua vez, o encaminhará para o seu destino.

Évora, 3 de Março de 2011

D. José Alves, Arcebispo de Évora

quarta-feira, 2 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

Lar em festa


A familia Carneiro está de parabéns pelo nascimento do seu segundo filho.
Batizado de João António, nasceu hoje em Lisboa pelas 8h54m com 2.995 g
de peso. Segundo o João (pai) é parecido com o irmão.

Caminhar do Sul deseja ao João as maiores felicidades e ao João António um futuro cheio das bençãos do Senhor.

Parabéns Cristina!


Caminhar do Sul no Mundo