sábado, 28 de fevereiro de 2009

Desafio místico Literário

Encontrei este pequeno desafio enquanto "peregrinava" na blogosfera. Achei curioso e experimentei. Aqui o passo a quem se sentir desafiado.


Desafio místico literário:

1. Agarrar o livro mais próximo.
2. Abrir na página 161.
3. Procurar a 5ª frase completa.
4. Colocar a frase no blog.
5. Não escolher a melhor frase nem o melhor livro!!! Utilizar mesmo o livro que estiver mais próximo.


No livro "Imagens contra a Indiferença", de Fernando Nobre, a 5ª frase da página 161 é "Mas ninguém quer ouvi-lo".



Neste tempo de Quaresma porque não sentir este desafio e meditar sobre a frase encontrada...experimente e sinta-se mais um "desafiado"!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Fátima: «Milagre do Sol» chega ao Cinema

Encontra-se já em fase de pós-produção o filme "O 13.º Dia. Um milagre em Fátima", de Ian e Dominic Higgins, que retrata o fenómeno das aparições de Nossa Senhora em Fátima aos três Pastorinhos. A obra deve estrear ainda em 2009.
Os realizadores independentes Ian e Dominic Higgins apresentam os acontecimentos de Maio a Outubro de 1917 no contexto das perseguições religiosas da I República e da I Guerra Mundial, falando da mensagem de esperança entregue às três crianças.
Na Internet encontra-se já disponível o trailer do filme e o seu sítio oficial: www.the13thday.com


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Peregrino

«A Quaresma é um pequeno pássaro cujo corpo é a oração, a esmola e o jejum: as asas para ajudar a subir ao céu!»
Santo Agostinho

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Mensagem para a Quaresma de D. José Alves, Arcebispo de Évora



A Quaresma foi instituída pela Igreja para preparar a Páscoa, principal solenidade da fé cristã e núcleo central de todo o ano litúrgico.
Assim como o mistério da morte e ressurreição de Jesus Cristo é o cume da História da Salvação, assim também a Páscoa é o auge de todas as celebrações litúrgicas.
A Igreja, para levar os cristãos a compreenderem a importância da Páscoa e para os ajudar a prepararem-se convenientemente para a sua celebração, alongou o período de preparação pelo espaço de quarenta dias, em memória dos quarenta anos que o Povo de Israel viveu no deserto e dos quarenta dias que Jesus dedicou à oração e ao jejum, em atitude de abandono e confiança no Pai, para preparar o início da Sua missão messiânica.
A Igreja propõe aos fiéis a Quaresma como tempo de treino espiritual intenso, destinado à purificação espiritual, pelo recurso mais assíduo às práticas de ascese, herdadas do Antigo Testamento e por ela purificadas, segundo o Espírito de Jesus Cristo, a saber: a oração, o jejum e a esmola. Estas três práticas aparecem, quase sempre, associadas entre si, porque são complementares. Completam-se, explicam-se e implicam-se mutuamente. Pois todas têm como finalidade última ajudar o crente a entrar em intimidade com Deus.
Apesar dessa relação especial entre as três práticas de ascese quaresmal, fixemo-nos apenas no jejum, conforme o Papa Bento XVI nos recomendou na sua mensagem quaresmal.
Com efeito, a prática do jejum perde-se nas sombras da história. As suas motivações são religiosas e é praticado nas religiões pagãs, no judaísmo e no islamismo. A religião cristã sempre o praticou, desde os primeiros tempos até aos nossos dias.
A razão deste procedimento encontramo-la profusamente justificada nos livros da Sagrada Escritura e em toda a tradição cristã.

Na Sagrada Escritura, o jejum é-nos apresentado como meio para exercitar a humildade e para implorar o perdão dos pecados; como forma de preparação para os grandes acontecimentos e para se apresentar diante de Deus, implorando graças e favores para alguma pessoa ou para a comunidade; como purificação interior e abertura à luz divina; como meio de exprimir o abandono total nas mãos de Deus e a confiança na Sua providência. Numa palavra, o jejum é uma grande ajuda para nos libertar do pecado e de tudo o que a ele conduz.
Jesus Cristo também jejuou mas manifestou uma atitude crítica para com o jejum tal como era praticado, no seu tempo, particularmente, pelos fariseus. Como já tinham feito anteriormente os profetas, Jesus censurou os que jejuavam por mero ritualismo ou até por vaidade.
Por isso afirmou: quando jejuardes não mostreis um rosto sombrio como os hipócritas, que desfiguram o rosto para que os outros vejam (…) tu, porém, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que o teu jejum não seja conhecido dos homens (Mt6, 16-17).

Jesus respeitava os que jejuavam mas não mandou jejuar os seus discípulos, certamente, para se distanciar do ritualismo farisaico. Porém, sugeriu que, mais tarde, quando fossem iluminados pela luz da fé na Ressurreição, eles iriam recorrer ao jejum como meio de purificação interior, para melhor conhecer e cumprir a vontade de Deus.
Jesus preferiu insistir no desapego dos bens (Mt 19,21) e na renúncia a si mesmo (Mt 10,38), pois o jejum não tem valor por si. Vale na medida em que nos ajuda a compreender a precariedade dos bens materiais e nos abre o espírito para as realidades espirituais. É esse o verdadeiro sentido do jejum.

Nas sociedades ocidentais, consideradas sociedades de abundância e eivadas de materialismo, o jejum, por motivos religiosos e ascéticos, tem vindo a perder sentido.
No entanto, continua a ser praticado com finalidades terapêuticas ou por outras razões, sejam elas de carácter estético ou de carácter desportivo. A própria Igreja aliviou a disciplina do jejum ao longo dos tempos. Actualmente, o jejum é proposto apenas em dois dias no ano: um no princípio e outro no fim da Quaresma, respectivamente, quarta-feira de cinzas e sexta-feira santa.
Curiosamente, por livre iniciativa de alguns grupos de cristãos que, em contacto com a Bíblia e com as fontes do cristianismo, descobriram o genuíno sentido do jejum e a sua eficácia no progresso espiritual, a prática do jejum tem vindo a ser implementada. Talvez seja este um sinal dos novos tempos que se avizinham.

A Igreja considera o jejum como uma forma de mortificar o próprio egoísmo e de abrir o coração ao amor de Deus e do próximo. A privação voluntária dos alimentos cria disposição interior para ouvir a Palavra que sai da boca de Deus e sacia a outra fome bem mais profunda do que a fome de pão.
O jejum sensibiliza-nos para a privação a que estão sujeitos tantos dos nossos irmãos aos quais falta o mínimo indispensável para garantir a própria subsistência e vivem na expectativa de que alguém, com coração de bom samaritano, se incline sobre eles para os alimentar e os cuidar.
O jejum, como prática de ascese, precisa de ser redescoberto, à luz da palavra revelada, da boa tradição cristã e dos exemplos de grandes personagens de espiritualidade do nosso tempo.

Nesse sentido, o papa Bento XVI, na sua mensagem quaresmal, encoraja as paróquias e todas as outras comunidades a intensificar na Quaresma a prática do jejum pessoal e comunitário, cultivando de igual modo a escuta da Palavra de Deus, a oração e a esmola.
Fazendo-me eco das palavras do papa, também eu convido as comunidades e cada um dos cristãos da nossa Arquidiocese a que observem o jejum, ao menos, nos dois dias acima referidos: quarta-feira de cinzas e sexta-feira santa.
Seguindo o exemplo das primeiras comunidades cristãs, todos somos convidados a oferecer as economias que resultaram dos nossos dias de jejum. Dessa forma poderemos associar o jejum quaresmal com o amor ao próximo.
E nesse sentido, proponho que o valor atribuído aos alimentos a que renunciámos, nos dias de jejum, seja doado a favor do nosso Seminário de S. José em Vila Viçosa.
Como é do conhecimento geral, o edifício foi submetido a grandes obras de restauro, a fim de o tornar mais funcional e acolhedor para os jovens que aí começam a sua caminhada para o sacerdócio. As obras estão concluídas mas não estão pagas. Contamos com a generosidade do povo cristão que irá ser o primeiro e principal beneficiário dos sacerdotes que aí iniciarem a sua formação vocacional.
Como tem sido hábito nos últimos anos, confio à Caritas Diocesana a organização da campanha da renúncia quaresmal deste ano, cujo produto final será entregue ao Seminário de S. José, no decorrer de uma celebração eucarística no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, nossa Padroeira, a cuja protecção encomendo, mais uma vez, toda a Diocese.

+José, Arcebispo de Évora



Quarta-feira de Cinzas - Início da Quaresma



A celebração da Quarta-feira de Cinzas assinala, para os católicos de todo o mundo, o início da Quaresma, período de preparação para a Páscoa com a duração de 40 dias, marcado pelo jejum, o apelo à partilha e à penitência.


Nos primeiros séculos, apenas cumprem este rito da imposição da cinza os grupos de penitentes ou pecadores que querem receber a reconciliação no final da Quaresma, na Quinta-feira Santa, às portas da Páscoa. Vestem hábito penitencial, impõem cinza na sua própria cabeça, e desta forma apresentam-se diante da comunidade, expressando a sua vontade de conversão.
A partir do século XI, quando desaparece o grupo de penitentes como instituição, o Papa Urbano II estendeu este rito a todos os cristãos no princípio da Quaresma.

As cinzas, símbolo da morte e do nada da criatura em relação a seu Criador, obtêm-se por meio da queima dos ramos de palmeiras e de oliveiras abençoados no ano anterior, na celebração do Domingo de Ramos.

O termo Quaresma deriva do latim "quadragesima dies", ou seja, quadragésimo dia. É o período do ano litúrgico que dura 40 dias: começa hoje, Quarta-feira de Cinzas, e termina na missa "in Coena Domini" (Quinta-Feira Santa), sem inclui-la.

O sexto Domingo, que dá início à Semana Santa, é chamado "Domingo de Ramos", "de passione Domini". Desse modo, reduzindo o tempo "de passione" aos quatro dias que precedem a Páscoa, a Semana Santa conclui a Quaresma e tem como finalidade a veneração da Paixão de Cristo a partir da sua entrada messiânica em Jerusalém.

Uma prática penitencial preparatória para a Páscoa, com jejum, começou a surgir a partir de meados do século II; outras referências a um tempo pré-pascal aparecem no Oriente, no início do século IV, e no Ocidente no final do mesmo século. Nos primeiros tempos da Igreja, durante esse período, estavam na fase final da sua preparação os catecúmenos que, durante a vigília pascal, haveriam de receber o Baptismo.
Por volta do século IV, o período quaresmal caracterizava-se como tempo de penitência e renovação interior para toda a Igreja, inclusive por meio do jejum e da abstinência, marcas que ainda hoje se mantêm. Na Liturgia, este tempo é marcado por paramentos e vestes roxas, pela omissão do "Glória" e do "Aleluia" na celebração da Missa.

In Agência Eclesia


terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2009



“Jesus, após ter jejuado durante
40 dias e 40 noites, por fim,
teve fome” (Mt 4, 2)

No início da Quaresma, que constitui um caminho de treino espiritual mais intenso, a Liturgia propõe-nos três práticas penitenciais muito queridas à tradição bíblica e cristã – a oração, a esmola, o jejum – a fim de nos predispormos para celebrar melhor a Páscoa e deste modo fazer experiência do poder de Deus que, como ouviremos na Vigília pascal, «derrota o mal, lava as culpas, restitui a inocência aos pecadores, a alegria aos aflitos. Dissipa o ódio, domina a insensibilidade dos poderosos, promove a concórdia e a paz» (Hino pascal).
Na habitual Mensagem quaresmal, gostaria de reflectir este ano em particular sobre o valor e o sentido do jejum. De facto a Quaresma traz à mente os quarenta dias de jejum vividos pelo Senhor no deserto antes de empreender a sua missão pública. Lemos no Evangelho: «O Espírito conduziu Jesus ao deserto a fim de ser tentado pelo demónio. Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome» (Mt 4, 1-2). Como Moisés antes de receber as Tábuas da Lei (cf. Êx 34, 28), como Elias antes de encontrar o Senhor no monte Oreb (cf. 1 Rs 19, 8), assim Jesus rezando e jejuando se preparou para a sua missão, cujo início foi um duro confronto com o tentador.

Podemos perguntar que valor e que sentido tem para nós, cristãos, privar-nos de algo que seria em si bom e útil para o nosso sustento. As Sagradas Escrituras e toda a tradição cristã ensinam que o jejum é de grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que a ele induz. Por isto, na história da salvação é frequente o convite a jejuar. Já nas primeiras páginas da Sagrada Escritura o Senhor comanda que o homem se abstenha de comer o fruto proibido: «Podes comer o fruto de todas as árvores do jardim; mas não comas o da árvore da ciência do bem e do mal, porque, no dia em que o comeres, certamente morrerás» (Gn 2, 16-17). Comentando a ordem divina, São Basílio observa que «o jejum foi ordenado no Paraíso», e «o primeiro mandamento neste sentido foi dado a Adão». Portanto, ele conclui: «O "não comas" e, portanto, a lei do jejum e da abstinência» (cf. Sermo de jejunio: PG 31, 163, 98).
Dado que todos estamos estorpecidos pelo pecado e pelas suas consequências, o jejum é-nos oferecido como um meio para restabelecer a amizade com o Senhor. Assim fez Esdras antes da viagem de regresso do exílio à Terra Prometida, convidando o povo reunido a jejuar «para nos humilhar – diz – diante do nosso Deus» (8, 21). O Omnipotente ouviu a sua prece e garantiu os seus favores e a sua protecção.
O mesmo fizeram os habitantes de Ninive que, sensíveis ao apelo de Jonas ao arrependimento, proclamaram, como testemunho da sua sinceridade, um jejum dizendo: «Quem sabe se Deus não Se arrependerá, e acalmará o ardor da Sua ira, de modo que não pereçamos?» (3, 9). Também então Deus viu as suas obras e os poupou.

No Novo Testamento, Jesus ressalta a razão profunda do jejum, condenando a atitude dos fariseus, os quais observaram escrupulosamente as prescrições impostas pela lei, mas o seu coração estava distante de Deus. O verdadeiro jejum, repete também noutras partes o Mestre divino, é antes cumprir a vontade do Pai celeste, o qual «vê no oculto, recompensar-te-á» (Mt 6, 18). Ele próprio dá o exemplo respondendo a satanás, no final dos 40 dias transcorridos no deserto, que «nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus» (Mt 4, 4).

O verdadeiro jejum finaliza-se portanto a comer o «verdadeiro alimento», que é fazer a vontade do Pai (cf. Jo 4, 34). Portanto, se Adão desobedeceu ao mandamento do Senhor «de não comer o fruto da árvore da ciência do bem e do mal», com o jejum o crente deseja submeter-se humildemente a Deus, confiando na sua bondade e misericórdia.
Encontramos a prática do jejum muito presente na primeira comunidade cristã (cf. Act 13, 3; 14, 22; 27, 21; 2 Cor 6, 5). Também os Padres da Igreja falam da força do jejum, capaz de impedir o pecado, de reprimir os desejos do «velho Adão», e de abrir no coração do crente o caminho para Deus.
O jejum é também uma prática frequente e recomendada pelos santos de todas as épocas. Escreve São Pedro Crisólogo: «O jejum é a alma da oração e a misericórdia é a vida do jejum, portanto quem reza jejue. Quem jejua tenha misericórdia. Quem, ao pedir, deseja ser atendido, atenda quem a ele se dirige. Quem quer encontrar aberto em seu benefício o coração de Deus não feche o seu a quem o suplica» (Sermo 43; PL 52, 320.332).
Nos nossos dias, a prática do jejum parece ter perdido um pouco do seu valor espiritual e ter adquirido antes, numa cultura marcada pela busca da satisfação material, o valor de uma medida terapêutica para a cura do próprio corpo. Jejuar sem dúvida é bom para o bem-estar, mas para os crentes é em primeiro lugar uma «terapia» para curar tudo o que os impede de se conformarem com a vontade de Deus.
Na Constituição apostólica Paenitemini de 1966, o Servo de Deus Paulo VI reconhecia a necessidade de colocar o jejum no contexto da chamada de cada cristão a «não viver mais para si mesmo, mas para aquele que o amou e se entregou a si por ele, e... também a viver pelos irmãos» (Cf. Cap. I).

A Quaresma poderia ser uma ocasião oportuna para retomar as normas contidas na citada Constituição apostólica, valorizando o significado autêntico e perene desta antiga prática penitencial, que pode ajudar-nos a mortificar o nosso egoísmo e a abrir o coração ao amor de Deus e do próximo, primeiro e máximo mandamento da nova Lei e compêndio de todo o Evangelho (cf. Mt 22, 34-40).
A prática fiel do jejum contribui ainda para conferir unidade à pessoa, corpo e alma, ajudando-a a evitar o pecado e a crescer na intimidade com o Senhor. Santo Agostinho, que conhecia bem as próprias inclinações negativas e as definia «nó complicado e emaranhado» (Confissões, II, 10.18), no seu tratado A utilidade do jejum, escrevia: «Certamente é um suplício que me inflijo, mas para que Ele me perdoe; castigo-me por mim mesmo para que Ele me ajude, para aprazer aos seus olhos, para alcançar o agrado da sua doçura» (Sermo 400, 3, 3: L 40, 708).
Privar-se do sustento material que alimenta o corpo facilita uma ulterior disposição para ouvir Cristo e para se alimentar da sua palavra de salvação. Com o jejum e com a oração permitimos que Ele venha saciar a fome mais profunda que vivemos no nosso íntimo: a fome e a sede de Deus.
Ao mesmo tempo, o jejum ajuda-nos a tomar consciência da situação na qual vivem tantos irmãos nossos. Na sua Primeira Carta São João admoesta: «Aquele que tiver bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade, mas lhe fechar o seu coração, como estará nele o amor de Deus?» (3, 17).
Jejuar voluntariamente ajuda-nos a cultivar o estilo do Bom Samaritano, que se inclina e socorre o irmão que sofre (cf. Enc. Deus caritas est, 15). Escolhendo livremente privar-nos de algo para ajudar os outros, mostramos concretamente que o próximo em dificuldade não nos é indiferente.
Precisamente para manter viva esta atitude de acolhimento e de atenção para com os irmãos, encorajo as paróquias e todas as outras comunidades a intensificar na Quaresma a prática do jejum pessoal e comunitário, cultivando de igual modo a escuta da Palavra de Deus, a oração e a esmola.
Foi este, desde o início o estilo da comunidade cristã, na qual eram feitas colectas especiais (cf. 2 Cor 8-9; Rm 15, 25-27), e os irmãos eram convidados a dar aos pobres quanto, graças ao jejum, tinham poupado (cf. Didascalia Ap., V, 20, 18). Também hoje esta prática deve ser redescoberta e encorajada, sobretudo durante o tempo litúrgico quaresmal.
De quanto disse sobressai com grande clareza que o jejum representa uma prática ascética importante, uma arma espiritual para lutar contra qualquer eventual apego desordenado a nós mesmos.
Privar-se voluntariamente do prazer dos alimentos e de outros bens materiais, ajuda o discípulo de Cristo a controlar os apetites da natureza fragilizada pela culpa da origem, cujos efeitos negativos atingem toda a personalidade humana. Exorta oportunamente um antigo hino litúrgico quaresmal: «Utamur ergo parcius, / verbis, cibis et potibus, / somno, iocis et arcitius / perstemus in custodia – Usemos de modo mais sóbrio palavras, alimentos, bebidas, sono e jogos, e permaneçamos mais atentamente vigilantes».
Queridos irmãos e irmãos, considerando bem, o jejum tem como sua finalidade última ajudar cada um de nós, como escrevia o Servo de Deus Papa João Paulo II, a fazer dom total de si a Deus (cf. Enc. Veritatis splendor, 21).
A Quaresma seja portanto valorizada em cada família e em cada comunidade cristã para afastar tudo o que distrai o espírito e para intensificar o que alimenta a alma abrindo-a ao amor de Deus e do próximo.
Penso em particular num maior compromisso na oração, na lectio divina, no recurso ao Sacramento da Reconciliação e na participação activa na Eucaristia, sobretudo na Santa Missa dominical. Com esta disposição interior entremos no clima penitencial da Quaresma.
Acompanhe-nos a Bem-Aventurada Virgem Maria, Causa nostrae laetitiae, e ampare-nos no esforço de libertar o nosso coração da escravidão do pecado para o tornar cada vez mais «tabernáculo vivo de Deus». Com estes votos, ao garantir a minha oração para que cada crente e comunidade eclesial percorra um proveitoso itinerário quaresmal, concedo de coração a todos a Bênção Apostólica.

BENEDICTUS PP. XVI

domingo, 22 de fevereiro de 2009

7º Domingo do Tempo Comum - Ano B


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Quando Jesus entrou de novo em Cafarnaum
e se soube que Ele estava em casa,
juntaram-se tantas pessoas
que já não cabiam sequer em frente da porta;
e Jesus começou a pregar-lhes a palavra.
Trouxeram-Lhe um paralítico, transportado por quatro homens;
e, como não podiam levá-lo até junto d’Ele, devido à multidão,
descobriram o tecto por cima do lugar onde Ele Se encontrava
e, feita assim uma abertura,
desceram a enxerga em que jazia o paralítico.
Ao ver a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico:
«Filho, os teus pecados estão perdoados».
Estavam ali sentados alguns escribas,
que assim discorriam em seus corações:
«Porque fala Ele deste modo? Está a blasfemar.
Não é só Deus que pode perdoar os pecados?»
Jesus, percebendo o que eles estavam a pensar, perguntou-lhes:
«Porque pensais assim nos vossos corações?
Que é mais fácil?
Dizer ao paralítico ‘Os teus pecados estão perdoados’
ou dizer ‘Levanta-te, toma a tua enxerga e anda’?
Pois bem. Para saberdes que o Filho do homem
tem na terra o poder de perdoar os pecados,
‘Eu to ordeno – disse Ele ao paralítico –
levanta-te, toma a tua enxerga e vai para casa’».
O homem levantou-se,
tomou a enxerga e saiu diante de toda a gente,
de modo que todos ficaram maravilhados
e glorificavam a Deus, dizendo:
«Nunca vimos coisa assim».
Mc 2,1-12


"Ensina-nos hoje o Senhor Jesus a grande lição de fraternidade. A fraternidade que deve manifestar-se nesta preocupação de ajudar os outros a entender Jesus. A este Jesus que dá a capacidade aos outros de nos levantar e andar, a este Jesus que quer caminhar connosco como verdadeiro amigo, como verdadeiro irmão, com quem sempre podemos contar."

Quero caminhar contigo,
estende-me a tua mão.
Vale a pena ser amigo,
vale a pena ser irmão!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

1 ano a Caminhar do Sul


Foi há precisamente um ano que "Caminhar do Sul" começou a deixar as suas pegadas na blogosfera.

12 meses percorridos,
22475 peregrinos a caminhar,
236 pegadas deixadas,
61 peregrinos com inscrição diária,
110 momentos de oração,
muitos caminhos percorridos... e outros tantos a percorrer...

A todos os que caminharam connosco o nosso BEM HAJA!

"As palavras gentis podem ser curtas e fáceis de dizer. Mas ecoam para sempre" Madre Teresa de Calcutá


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Dia dos beatos Francisco e Jacinta Marto


Celebra-se hoje o dia dos beatos Francisco e Jacinta Marto. Francisco Marto nasceu em Aljustrel, Fátima, no dia 11 de Junho de 1908, e sua irmã Jacinta Marto nasceu na mesma localidade, no dia 11 de Março de 1910. Na sua humilde família aprenderam a conhecer e louvar a Deus e a Virgem Maria. Em 1916 viram três vezes um Anjo e em 1917 seis vezes a Santíssima Virgem que os exortavam a rezar e a fazer penitência pela remissão dos pecados, para obter a conversão dos pecadores e a paz para o mundo. Ambos quiseram imediatamente responder com todas as suas forças a estas exortações. Inflamados cada vez mais no amor a Deus e às almas, tinham uma só aspiração: rezar e sofrer de acordo com os pedidos do Anjo e da Virgem Maria. Francisco faleceu no dia 4 de Abril de 1919 e Jacinta no dia 20 de Fevereiro de 1920. O papa João Paulo II deslocou-se a Fátima no dia 13 de Maio de 2000 para beatificar as duas primeiras crianças não mártires.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Para interiorizar...

Pacíficos, de verdade, são aqueles que, seja o que for que neste mundo tenham de sofrer, sempre por amor de Nosso Senhor Jesus Cristo conserva em paz a alma e o corpo.

S. Francisco de Assis

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

"...nos nossos corações há sempre lugar para Ti."

Senhor Jesus, Pai Santo
Estamos aqui somente para Te Adorar
louvar, bendizer e glorificar.
Vimos, ó Deus Santo, à Tua presença
para Te Adorar de todo o coração!
Com humildade inclinamo-nos diante de Ti,
para reconhecer a Tua glória:
Só Tu, Senhor, és digno de receber a honra,
o louvor e a majestade, porque criaste
todas as coisas que existem por tua vontade.
Faltam-nos as palavras para Te adorar.
Possamos nós faze-lo com toda a nossa vida!
É imenso o Teu amor pelos homens e
a tua fidelidade não se extingue.
Adoramos-Te Senhor Jesus com todo o nosso ser!
Ajoelhamo-nos perante Ti Senhor Jesus.
Em todo o lugar queremos proclamar a Tua glória.
Vem Senhor Jesus habitar o nosso coração
transformar as nossas vidas.
Sem Ti nada somos contigo tudo podemos.
Senhor Jesus falta-nos às vezes a serenidade
a paz a tranquilidade e só em Ti
podemos encontrar a serenidade
para acolher a paz para viver, e a tranquilidade
para enfrentar as dificuldades do dia a dia.
Senhor nesta noite Te queremos dizer
que nos nossos corações há sempre lugar para Ti.
Porque só quando Te recebemos
no nosso coração será Natal.
Fica connosco Senhor Jesus.



Oração do Ir. José Domingos
Adoração ao Santíssimo Dez.08

In folheto "Paz e Bem" Janeiro 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Folheto "Paz e Bem"

A Fraternidade dos Irmãozinhos de São Francisco de Assis - Fisfa, lançou no passado mês de Janeiro um novo folheto "Paz e Bem". O mesmo foi distribuido na Adoração de 7 de Fevereiro em Vila de Frades. Caminhar do Sul passará a transcrever parcialmente este folheto com consentimento prévio dos seus autores e responsáveis. Bem haja Fisfa!



"Paz e Bem
"No princípio era o verbo..." (Jo, 1, 1ª)

Tudo nasce!
É verdade, tudo nasce! Tudo tem um tempo para nascer e um tempo para viver. Eis chegado o momento de nascer este pequeno folheto "Paz e Bem" que tem como principal objectivo ser um elo de ligação para todas as pessoas que participaram da vida e da missão dos Irmãozinhos, mais concretamente todos aqueles que rezam com a nossa Fraternidade nas Celebrações de Adoração ao Santíssimo. Este deve ser um lugar de Oração, formação e informação de e para avida de cada uma das pessoas que participaram nas nossas actividades. O titulo: "PAZ E BEM" é a saudação Franciscana no mundo inteiro. Francisco de Assis disse, no seu Testamento: "Como saudação, revelou-me o Senhor que disséssemos: "O Senhor vos dê a paz!" Partindo deste momento e desta inspiração, é unida a esta saudação de paz a palavra "bem". Para se entender esta saudação, devemos perceber que, para Francisco de Assis, a paz era uma necessidade constante na sua vida e no mundo todo. Ele mesmo se tornou Arauto da Paz, pedindo sempre em oração que o Senhor o fizesse um instrumento de paz.

Nas suas orações de louvor, Francisco não se cansava de chamar a Deus de Sumo Bem, de Eterno Bem e de Todo Bem. Daí, então, podemos concluir que, para Francisco de Assis, o próprio Deus é a Paz e o Bem, é a fonte de toda a paz e de todo o bem, pela acção redentora de Jesus Cristo. E, nós franciscanos, a exemplo do "Poverello" de Assis, quando fazemos uso desta saudação, estamos a comunicar o próprio Deus presente nela, esta Paz e este Bem que devemos semear e testemunhar no mundo em que vivemos.
Queira Deus que possamos, ao dizer "Paz e Bem!", estar repletos desta Paz e deste Bem, como São Francisco de Assis. Assim, faremos acontecer o Amor, a Fraternidade, a Justiça e a igualdade no mundo tão carente que clama por tudo isto! Não esqueçamos também que, Francisco de Assis quer continuar a anunciar a paz e o bem através de nós, pois ele quer que a Paz e o Bem partam do coração de cada irmão rumo ao coração de cada ser humano e de cada criatura de Deus.
Ir. Domingos Bragadesto"

In folheto "Paz e Bem" Janeiro de 2009

domingo, 15 de fevereiro de 2009

6º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
veio ter com Jesus um leproso.
Prostrou-se de joelhos e suplicou-Lhe:
«Se quiseres, podes curar-me».
Jesus, compadecido, estendeu a mão, tocou-lhe e disse:
«Quero: fica limpo».
No mesmo instante o deixou a lepra
e ele ficou limpo.
Advertindo-o severamente, despediu-o com esta ordem:
«Não digas nada a ninguém,
mas vai mostrar-te ao sacerdote
e oferece pela tua cura o que Moisés ordenou,
para lhes servir de testemunho».
Ele, porém, logo que partiu,
começou a apregoar e a divulgar o que acontecera,
e assim, Jesus já não podia entrar abertamente
em nenhuma cidade.
Ficava fora, em lugares desertos,
e vinham ter com Ele de toda a parte.

Mc 1,40-45


“Somos hoje convidados a identificarmo-nos com o leproso do Evangelho.

Para que Jesus que transforma a nossa vida, que transforme os nossos conceitos e preconceitos, que transforme os nossos desejos e imperfeições, que transforme as nossas mazelas e deficiências, para nos tornar homens novos, vasos novos, como o oleiro que no barro imperfeito, volta a moldar para chegar à perfeição.
Que a lepra da nossa vida encontre em Jesus a perfeição e a certeza que todos precisamos.”

...Eu quero ser Jesus amado,
como o vaso nas mãos do oleiro,
rompendo a vida fazes de novo
eu quero ser um vaso novo!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Peregrino:

"O Amor... Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta"

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Fátima assinala falecimento da Ir. Lúcia



Duas iniciativas marcam este dia 13 de Fevereiro no Santuário de Fátima, por ocasião do quarto aniversário do falecimento da vidente Irmã Lúcia: a realização da Peregrinação Mensal, presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima, e a inauguração de uma exposição de fotografia sobre João Paulo II intitulada "Karol Wojtyla, a fé, o caminho, a amizade. Excursões com os Amigos (1952-1954)".
Esta exposição fica patente ao público na sala do topo Sul da Galilé dos Apóstolos Pedro e Paulo, junto à Capela do Lausperene, no complexo da Igreja da Santíssima Trindade.

In Agência Ecclesia
13 de Fevereiro 2009

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Presença Real

Deus está aqui neste momento
Sua presença é real no meu viver
Entrega a tua vida e teus problemas
Fala com Deus, Ele vai-Te ajudar

Oh, oh, oh,
Deus te trouxe aqui
Para aliviar os teus sofrimentos
Oh, oh, oh,
É ele o autor da Fé do princípio ao fim
De todos os teus momentos

E ainda se vierem noites traiçoeiras
Se a cruz pesada for, Cristo estará contigo
E o mundo pode até
Fazer-te chorar
Mas Deus te quer sorrindo (bis)

Seja qual for o teu problema
Fala com Deus, Ele vai-te ajudar
Após a dor vem a alegria





Gravado ao vivo
Adoração ao Santíssimo Sacramento - FISFA
Vila de Frades - Fevereiro de 2009

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

O SUAVE MILAGRE

Ora entre Enganin e Cesareia, num casebre desgarrado, sumido na prega de um cerro, vivia a esse tempo uma viúva, mais desgraçada mulher que todas as mulheres de Israel. O seu filhinho único, todo aleijado, passara do magro peito a que ele o criara para os farrapos da enxerga apodrecida, onde jazera, sete anos passados, mirrando e gemendo. Também a ela a doença a engelhara dentro dos trapos nunca mudados, mais escura e torcida que uma cepa arrancada. E, sobre ambos, espessamente a miséria cresceu como bolor sobre cacos perdidos num ermo. Até na lâmpada de barro vermelho secara há muito o azeite. Dentro da arca pintada não restava um grão ou côdea. No Estio, sem pasto, a cabra morrera. Depois, no quinteiro, secara a figueira. Tão longe do povoado, nunca esmola de pão ou mel entrava o portal. E só ervas apanhadas nas fendas das rochas, cozidas sem sal, nutriam aquelas criaturas de Deus na Terra Escolhida, onde até às aves maléficas sobrava o sustento!

Um dia um mendigo entrou no casebre, repartiu do seu farnel com a mãe amargurada, e um momento sentado na pedra da lareira, coçando as feridas das pernas, contou dessa grande esperança dos tristes, esse rabi que aparecera na Galileia, e de um pão no mesmo cesto fazia sete, e amava todas as criancinhas, e enxugava todos os prantos, e prometia aos pobres um grande e luminoso reino, de abundância maior que a corte de Salomão. A mulher escutava, com os olhos famintos. E esse doce rabi, esperança dos tristes, onde se encontrava? O mendigo suspirou. Ah esse doce rabi! quantos o desejavam, que de desesperançavam! A sua fama andava por sobre toda a Judeia, como o sol que até por qualquer velho muro se estende e se goza; mas para enxergar a claridade do seu rosto, só aqueles ditosos que o seu desejo escolhia. Obed, tão rico, mandara os servos por toda a Galileia para que procurassem Jesus, o chamassem com promessas a Enganim; Sétimo, tão soberano, destacara os seus soldados até à costa do mar, para que buscassem Jesus, o conduzissem, por seu mando, a Cesareia. Errando, esmolando por tantas estradas, ele topara os servos de Obed, depois os legionários de Sétimo. E todos voltavam, como derrotados, com as sandálias rotas, sem ter descoberto em que mata ou cidade, em que toca ou palácio, se escondia Jesus.

A tarde caía. O mendigo apanhou o seu bordão, desceu pelo duro trilho, entre a urze e a rocha. A mãe retomou o seu canto, a mãe mais vergada, mais abandonada. E então o filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar duma asa, pediu à mãe que lhe trouxesse esse rabi que amava as criancinhas, ainda as mais pobres, sarava os males, ainda os mais antigos. A mãe apertou a cabeça engelhada:
- Oh filho! e como queres que te deixe, e me meta aos caminhos, à procura do rabi da Galileia? Obed é rico e tem servos, e debalde buscaram Jesus, por areais e colinas, desde Chorazim até ao país de Moab. Sétimo é forte e tem soldados, e debalde correram por Jesus, desde Hébron até ao mar! Como queres que te deixe? Jesus anda por muito longe e nossa dor mora connosco, dentro destas paredes e dentro delas nos prende. E mesmo que o encontrasse, como convenceria eu o rabi tão desejado, por quem ricos e fortes suspiram, a que descesse através das cidades até este ermo, para sarar um entrevadinho tão pobre, sobre enxerga tão rota?

A criança, com duas longas lágrimas na face magrinha, murmurou:
- Oh mãe! Jesus ama todos os pequeninos. E eu ainda tão pequeno, e com um mal tão pesado, e que tanto queria sarar!
E a mãe, em soluços:
- Oh meu filho como te posso deixar! Longas são as estradas da Galileia, e curta a piedade dos homens. Tão rota, tão trôpega, tão triste, até os cães me ladrariam da porta dos casais. Ninguém atenderia o meu recado, e me apontaria a morada do doce rabi. Oh filho! Talvez Jesus morresse... Nem mesmo os ricos e os fortes o encontram. O Céu o trouxe, o Céu o levou. E com ele para sempre morreu a esperança dos tristes.
De entre os negros trapos, erguendo as suas pobres mãozinhas que tremiam, a criança murmurou:
- Mãe, eu queria ver Jesus...
E logo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criança:
- Aqui estou

Conto de Eça de Queiroz

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Te Amarei, Senhor

Me chamaste para caminhar na vida conTigo,
Decidi para sempre seguir-Te, não voltar atrás.
Me puseste uma brasa no peito e uma flecha na alma,
É difícil agora viver sem lembrar-me de Ti.

Te amarei, Senhor, Te amarei, Senhor,
Eu só encontro a paz e alegria, bem perto de Ti (bis)


Eu pensei muitas vezes calar e não dar nem respostas,
E pensei na fuga esconder-me, ie p'ra longe de ti.
Mas Tua força venceu e afinal eu fiquei seduzido;
É difícil agora viver sem saudades de Ti.

Te amarei, Senhor, Te amarei, Senhor,
Eu só encontro a paz e alegria, bem perto de Ti (bis)

Ó Jesus, não me deixes jamais caminhar solitário,
Pois conheces a minha fraqueza e o meu coração,
Vem, ensina-me a viver a vida na Tua presença,
No amor aos irmãos, na alegria, na paz, na união.

Te amarei, Senhor, Te amarei, Senhor,
Eu só encontro a paz e alegria, bem perto de Ti (bis)






Gravado ao vivo
Momentos finais da Adoração ao Santíssimo Sacramento - FISFA

Vila de Frades - Fevereiro de 2009

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Quero paz!

Eu quero paz! mas paz na terra não há…
Só vejo ecos de guerra
como um pronuncio do mal
a invadir a terra…
Uma palavra que fere
Um gesto descontrolado
A raiva que não se digere
E desenterra-se o machado.
Fomenta-se a discórdia
E sem dó nem piedade
Tombam inocentes
Em nome da verdade…
Disputa de vencidos
Que se julgam valentes
Espíritos enfraquecidos
Por valores indecentes.
Ah! que luta inglória…
Que querem fazer passar
Ousar ficar na história
Pelo desejo de exterminar…
Mas eu quero acreditar
Que tudo terá um fim
Ao menos deixem-me sonhar…
Não tirem esse direito de mim…
Vejo toda a humanidade
Unida numa prece
Num espírito de verdade
Em que o amor prevalece.
De tão profunda oração
A nossa mãe nos escutou
E com sua intercessão
Jesus, uma pomba, enviou.
Todos olhámos o céu
De olhos abertos de espanto
Quem pediu, recebeu
O divino Espírito Santo.
E a paz chegou ao mundo
Que outrora não existia
Só bastou um pedido profundo
À nossa mãe do céu…MARIA!
Será só um sonho…uma utopia…


Mas o advogado, o Espírito Santo, que o pai vai enviar em meu nome, Ele ensinar-vos-á todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos disse.
Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. A paz que vos dou não é a paz que o mundo dá. Não fiqueis perturbados nem tenhais medo!
João14, 26.27


Sines, 9 de Janeiro de 2009
Dulce Gomes

domingo, 8 de fevereiro de 2009

5º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
Jesus saiu da sinagoga
e foi, com Tiago e João, a casa de Simão e André.
A sogra de Simão estava de cama com febre
e logo Lhe falaram dela.
Jesus aproximou-Se, tomou-a pela mão e levantou-a.
A febre deixou-a e ela começou a servi-los.
Ao cair da tarde, já depois do sol-posto,
trouxeram-Lhe todos os doentes e possessos
e a cidade inteira ficou reunida diante da porta.
Jesus curou muitas pessoas,
que eram atormentadas por várias doenças,
e expulsou muitos demónios.
Mas não deixava que os demónios falassem,
porque sabiam qual Ele era.
De manhã, muito cedo, levantou-Se e saiu.
Retirou-Se para um sítio ermo
e aí começou a orar.
Simão e os companheiros foram à procura d’Ele
e, quando O encontraram, disseram-Lhe:
«Todos Te procuram».
Ele respondeu-lhes:
«Vamos a outros lugares, às povoações vizinhas,
a fim de pregar aí também,
porque foi para isso que Eu vim».
E foi por toda a Galileia,
pregando nas sinagogas e expulsando os demónios.

Mc 1,29-39

"Estimulados pelo exemplo de Job e desafiados pela palavra do Senhor, queremos colocar nele a nossa esperança, a confiança da nossa vida.
O Senhor nosso Deus é o único bem que não podemos perder.
Confessemos-lhe o nosso amor, digamos-lhe que só com Ele e junto d'Ele é que podemos ter garantida a paz e a alegria que todos nós desejamos e pela qual trabalhamos, e também pela qual acreditamos no Senhor e O mantemos no nosso viver de todos os dias."

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Adoração ao Santíssimo Sacramento



"Se conhecesses o Dom de Deus..."




Vila de Frades - Vidigueira
Fevereiro de 2009

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Raimundo, o menino que tinha o mundo na mão



“A Caminho” publicou em Dezembro passado, um conto infantil intitulado “Raimundo, o menino que tinha o mundo na mão”.
Este magnifico conto da autoria de José Gaudêncio (pseudónimo do Diácono Miguel Miranda), e com ilustrações de Marília Guimarães (pseudónimo de Helena Zália Pereira) encontra-se disponível online em:

http://www.diocese-braga.pt/acaminho/index.php?option=com_content&view=article&id=76:raimundo-conto-infantil&catid=28:equipa&Itemid=30

Peregrino, leia que vale a pena!

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Duas publicações, dois recortes


"Electrónica de Sangue: o Congo e o coltan
http://sic.aeiou.pt/online/video/informacao/Falar+Global/2009/2/electronicadesangue.htm
In Blog "Contra a indiferença"
em 2 de Fevereiro de 2009"



"Intenção Missionária Fevereiro 2009
Para que a Igreja na África encontre vias e meios adequados para promover, de modo eficaz, a reconciliação, a justiça e a paz, segundo as indicações da II Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos.
In Blog "A paixão de ser catequista"
em 1 de Fevereiro de 2009
"

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

S. João de Brito, presbítero e mártir




São João de Brito (1647-1693), sempre foi venerado com especial fervor pelo povo português. O Papa Pio XII estendeu seu culto à Igreja Universal, canonizando-o em 1947.

Nasceu em Lisboa a 1 de Março de 1647. Apesar de nobre e algo doente, conseguiu não só entrar na Companhia de Jesus mas transformar-se, a partir de seus vinte e seis anos, em missionário de espantosa actividade.


Na Índia, assumiu a língua e costumes locais, para melhor poder espalhar a Boa Nova do Evangelho. Morreu mártir, durante um trágico levantamento contra os cristãos.

Todos esses homens poderiam ser célebres na vida, recebendo importantes cargos. Mas preferiram dedicar-se à expansão do Evangelho e conquistar homens para Cristo. Seus nomes estão inscritos para sempre na memória do povo de Deus.

A Linguagem da cruz é loucura par
a os que perdem, mas para aqueles que se salvam, para nós, é poder de Deus" 1Cor 1,18

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Adoração ao Santíssimo Sacramento

No próximo sábado, dia 7 de Fevereiro pelas 21h00m, na Igreja Matriz de Vila de Frades - Vidigueira, vai realizar-se uma Adoração ao Santíssimo Sacramento, com o apoio da Fraternidade dos Irmãozinhos de S. Francisco de Assis. Aqui fica o convite à vossa participação.


"Nós vos adoramos,
Santíssimo Senhor Jesus Cristo,
aqui e em todas as vossas igrejas que estão no mundo inteiro
e vos bendizemos
porque pela vossa santa Cruz remistes o mundo."


segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

6ª Missão Aventura Solidária AMI - Refane, Abril de 2009

Estão abertas as inscrições para a 6ª Missão Aventura Solidária - AMI, a realizar no Senegal de 3 a 12 de Abril de 2009, para Reabilitar o Centro de Saúde na aldeia de Parba.


Esta missão compõe-se das seguintes actividades:

4 horas diárias de apoio social, ajudando na reabilitação do Centro de Saúde de Parba.
Principais actividades e intercâmbios culturais incluídas no programa: Noites étnicas; Lutas senegalesas (lamb); Visita a uma aldeia nas proximidades; Visita ao Lago Rosa; Visita à Ilha de Gorée; Visita a Dakar

O alojamento será em tendas no acampamento AMI, num terreno cedido pelo Comité da Vila de Réfane. Apesar de condições de higiene serem limitadas na região, o acampamento proporciona ao grupo um alojamento limpo e seguro durante o período da aventura solidária, e a alimentação será à base de produtos regionais confeccionados por uma cozinheira senegalesa.

Para poder participar nesta missão aventura solidária da AMI, no Senegal terá que cumprir os seguintes requisitos:

1) Reunir condições físicas e psicológicas para partir em missão: O alojamento não possibilita receber pessoas portadoras de doenças crónicas, (cardíacas, respiratórias, metabólicas), músculo-esqueléticas e reumáticas ou doenças do foro psicológico ou psiquiátrico.

2) Suportar o financiamento dos custos da missão que será de 1.890€ por pessoa(tudo incluído). Este financiamento divide-se em: 510€, como financiamento do projecto e ajuda à fixação da população local com emissão de recibo de donativo para efeitos fiscais, e 1.380€ como custo de viagens e estadias incluindo as actividades turísticas, alimentação, transportes, seguros (apenas não estão incluídas despesas pessoais como a compra de artesanato local ou bebidas extras).


Para mais informações contacte:

Helena Soares (Departamento de Marketing )
mail to: aventura.solidaria@ami.org.pt
aventura.solidaria@ami.org.pt

Sede Fundação AMI
Rua José do Patrocínio, 49
1949-008 Lisboa
Tel.: 218 362 100

Viajar contra a Indiferença
mostrando o mundo com ele é!

domingo, 1 de fevereiro de 2009

4º Domingo do Tempo Comum - Ano B

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Jesus chegou a Cafarnaum
e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga
e começou a ensinar,
todos se maravilhavam com a sua doutrina,
porque os ensinava com autoridade
e não como os escribas.
Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro,
que começou a gritar:
«Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno?
Vieste para nos perder?
Sei quem Tu és: o Santo de Deus».
Jesus repreendeu-o, dizendo:
«Cala-te e sai desse homem».
O espírito impuro, agitando-o violentamente,
soltou um forte grito e saiu dele.
Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros:
«Que vem a ser isto?
Uma nova doutrina, com tal autoridade,
que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!»
E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte,
em toda a região da Galileia

Mc 1,21-28



"O Senhor hoje desafia-nos a sermos profetas, a sermos portadores da sua mensagem àqueles que vivem à nossa volta.
Sejamos todos capazes de deixar transparecer nas nossas vidas, nas nossas acções, nas nossas palavras a mensagem de Jesus, para que o mundo sorria com o nosso testemunho, e para que os outros através de nós encontrem Deus nas suas vidas."

Caminhar do Sul no Mundo