terça-feira, 30 de setembro de 2008

Para guardar na memória e no coração

A pessoa crente é a que vive as virtudes teologais:

A Fé - que nos permite viver a vida como um Sim perfeito a Deus;
A Esperança - que nos ajuda a ver para lá do presente e a esperar de Deus todos os bens;
A Caridade (amor) - que nos faz amar a todos como Jesus, reconhecendo em cada próximo um irmão.


A FÉ, A ESPERANÇA E A CARIDADE SÃO AS VIRTUDES QUE IDENTIFICAM O CRISTÃO.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Como é bom ajudar!

"Só quem ajuda os pobres e pratica a caridade sem interesses vai entender bem o teor desta crónica. Vamos aqui tentar mostrar, com base na Bíblia e no Catecismo da Igreja Católica, o que os cientistas norte-americanos já provaram: ajudar o próximo faz bem. Faz realmente muito bem a todos nós, não apenas pelos benefícios saudáveis que o nosso corpo e mente recebem pelo acto de amor realizado, mas pelo bónus que ganhamos perante Deus por termos sido generosos e solidários.

Em Lucas 6 (versículo 38), Jesus assim disse: "Dai e vos será dado". Ou seja, quanto mais você der a quem precisa, despretensiosamente, mais Deus lhe concederá bênçãos e vitórias na vida. Certas denominações cristãs pregam o contrário, exigindo que Deus nos dê tudo e agora se formos bons dizimistas. Mas na verdade a recompensa, abundante, virá pela prática das obras de caridade junto aos mais pobres. Portanto, quanto mais você der, mais Deus também lhe dará e sua vida será abençoada. Nem sempre vemos os sinais dessa graça, mas elas existem e podem ocorrer anos mais à frente sem que nós percebamos.

Em Actos 20 (versículo 35), São Paulo nos ensina que "convém acudir aos fracos", e arremata: "é maior felicidade dar que receber". Ora, acudir aos fracos é exactamente o que os vicentinos realizam quando das suas visitas domiciliares semanais. E todos nós sabemos que alegria é poder ajudar, pois muito aprendemos com nossos "amos e senhores" e com eles é que buscamos nossa santificação pessoal. São Francisco de Assis foi um dos santos que mais praticou essa expressão do "é dando que se recebe" ao falar da "donzela pobreza" e da "irmã caridade".

Outra passagem contundente está na segunda Carta de São Paulo aos Coríntios (capítulo 9, versículo 10), onde está escrito que "aquele que dá a semente ao semeador e o pão para comer, também vos dará a semente em abundância e multiplicará os frutos da vossa justiça". O texto é claríssimo: se agirmos fazendo o bem, seremos recompensados com muitos frutos. No Evangelho de Marcos (capítulo 10, 29-30), Jesus promete "cem por um e o Reino dos Céus" por causa do Evangelho.

Além de tudo, a prática das obras de caridade perdoa nossas faltas, como disse São Paulo em sua primeira carta (capítulo 4, versículo 8): "Mantenham entre vós uma caridade ardente, porque a caridade cobre uma multidão dos pecados". O Catecismo também nos ensina que, juntamente com a oração, a penitência e o jejum, a prática das obras de caridade e de fraternidade são fundamentais para a vida do cristão. Mas não podemos esquecer que o acto bom (dar esmola), se realizado com base numa intenção má (a vanglória) torna-se mal como citado em Mateus 6, 2-4: "Quando deres esmola, não toques trombeta como fazem os hipócritas, mas que a tua mão esquerda não saiba o que fez a direita".

Portanto, ajudar os pobres faz bem a quem ajuda, agrada a Deus que nos cumula de bênçãos, cumpre a missão evangélica em alto grau de misericórdia e contribui para a redução das desigualdades sociais que existem em todos os cantos da Terra, antecipando o Reino de Deus entre nós.

Como mensagem final, meditemos no quadro incomparável sobre a caridade que nos deixou o apóstolo São Paulo: "A caridade é paciente, é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho, nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda seu rancor, não se alegra com a injustiça mas se regozija com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (1 Coríntios 13, 4-7)

Renato Lima"
In Boletim Português Sociedade de São Vicente de Paulo, Julho 2008

domingo, 28 de setembro de 2008

26º Domingo do Tempo Comum - Ano A

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
disse Jesus aos príncipes dos sacerdotes
e aos anciãos do povo:
«Que vos parece?
Um homem tinha dois filhos.
Foi ter com o primeiro e disse-lhe:
‘Filho, vai hoje trabalhar na vinha’.
Mas ele respondeu-lhe: ‘Não quero’.
Depois, porém, arrependeu-se e foi.
O homem dirigiu-se ao segundo filho
e falou-lhe do mesmo modo.
Ele respondeu: ‘Eu vou, Senhor’.
Mas de facto não foi.
Qual dos dois fez a vontade ao pai?»
Eles responderam-Lhe: «O primeiro».
Jesus disse-lhes:
«Em verdade vos digo:
Os publicanos e as mulheres de má vida
irão diante de vós para o reino de Deus.
João Baptista veio até vós,
ensinando-vos o caminho da justiça,
e não acreditastes nele;
mas os publicanos e as mulheres de má vida acreditaram.
E vós, que bem o vistes,
não vos arrependestes, acreditando nele».

Mt 21,28-32



sexta-feira, 26 de setembro de 2008

A cadeia da vida

O pobre e o rico são duas pessoas.
O soldado defende os dois;
O contribuinte paga para os três;
E o operário trabalha para os quatro.
O vadio come dos cinco;
O capitalista explora os seis;
E o advogado vive dos sete.
O bêbado ri-se dos oito;
O confessor absolve os nove;
O médico trata os dez;
E o cangalheiro enterra os onze.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Nas Pegadas de São Paulo - Livro do mês



Partindo sobretudo do livro dos Actos dos Apóstolos e das cartas do próprio São Paulo, Peter Walker reconstrói, neste livro, as longas viagens do Apóstolo, detendo-se em alguns dos locais mais importantes da Igreja primitiva.Iniciando o percurso em Damasco, o leitor segue Paulo nas suas primeira e segunda viagens missionárias, a seguir acompanha-o, de regresso da terceira viagem, na sua última visita a Jerusalém e Cesareia, e, finalmente, chega a Roma. Cada capítulo concentra-se num local em particular e inclui, para além de vários mapas e abundantes fotografias: uma parte mais extensa que narra a relação de Paulo com esse lugar; um quadro com as datas dos acontecimentos mais significativos relacionados com cada lugar; e uma última parte que explora o lugar tal como pode ser encontrado pelo visitante hodierno.
O leitor é assim levado numa fantástica viagem, em que atravessa as estreitas Portas de Cilícia, no Sul da Turquia, visita os mercados de Atenas, Corinto e Éfeso, contempla as planícies desertas da Galácia e navega junto da fria e ventosa costa de Malta.

«Bom conhecedor de geografia, homem polémico entre o herói e o vilão, que decidiu viajar incansavelmente – a pé, de barco ou de jumento – em nome da sua fé em Jesus, [São Paulo acaba] por proporcionar, a quem lhe segue as pisadas, o embarque “numa viagem abrangente pelas terras do Mediterrâneo”. Foi esse o projecto que Peter Walker meteu na cabeça e concretizou no livro Nas Pegadas de São Paulo.» António Marujo, in Revista Fugas (PÚBLICO)

Autor: Peter Walker
ISBN: 978-972-751-897-5
Nº Páginas: 220
Formato: 20x24,5
Peso: 880 gr.
Preço: € 23.80

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Adoração ao Santíssimo Sacramento

No próximo sábado dia 27 de Setembro, pelas 21h00m, na Sé de Beja, vai realizar-se uma Adoração ao Santíssimo Sacramento, com o apoio da Fraternidade dos Irmãozinhos de S. Francisco de Assis, primeira deste novo ano pastoral. Aqui fica o convite à vossa presença.



«Eu olho para Ele e Ele olha para mim»

domingo, 21 de setembro de 2008

O nosso novo Pároco


O Padre José António Gonçalves, nasceu no dia 28 de Março de 1965, na cidade da Covilhã. É o segundo de quatro irmãos e filho de Avelino de Sousa Gonçalves (falecido) e de Benvinda da Luz Gonçalves.

O gérmem da vocação sacerdotal surgiu-lhe na escola primária, aos dez anos, tendo entrado no Seminário Menor do Fundão em 1976. Depois do Seminário Menor, frequentou ainda os primeiros anos do curso teológico no Seminário Maior da Guarda e transitou para o Seminário de Évora no ano de 1985, onde concluiu a sua formação sacerdotal, tendo completado o curso teológico no Instituto Superior de Teologia de Évora.

Durante o período de Seminário trabalhou em várias paróquias e movimentos: Paróquias da Azaruja, Evoramonte, São Miguel de Machede, Lavre, Pastoral Universitária de Évora, Pastoral dos Doentes no Hospital de Évora, actividades pastorais na Cadeia de Évora, Convívios Fraternos e Missões Populares. Sendo já diácono, fez o Estágio Pastoral, no final do curso, na Paróquia de Santo André de Estremoz.

Foi ordenado presbítero no dia 2 de Julho de 1989, por D. Maurílio de Gouveia, na Igreja paroquial de Sousel e celebrou a Missa Nova na sua terra natal no dia 9 de Julho seguinte.

Logo após a ordenação foi nomeado professor e formador do Seminário Menor em Vila Viçosa, onde esteve três anos. Durante este período, iniciou os estudos de Línguas e Literaturas Clássicas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde concluiu a Licenciatura.

Em Setembro de 1992 foi nomeado Pároco das Paróquias do Cano (concelho de Sousel), Santa Vitória do Ameixial e São Bento do Ameixial (Concelho de Estremoz), tendo exercido a paroquialidade destas Paróquias durante apenas dois anos, sendo simultaneamente professor de Latim e Português em várias escolas secundárias da região.

Em Setembro de 1994, foi nomeado Pároco de Samora Correia, tendo realizado aqui a sua mais longa actividade pastoral, durante dez anos. Como Pároco de Samora Correia, foi presidente da Fundação Padre Tobias, onde, para além da implementação das valências da Creche, Jardim de Infância e Centro de Dia, construiu o Lar de 3ª Idade da Fundação.
No ano de 2004, foi nomeado Pároco das Paróquias da Azervadinha, Rebocho, Biscaínho e Branca (Concelho de coruche), acumulando com a actividade lectiva no Instituto Superior de Teologia de Évora, onde lecciona a cadeira de Latim I e Latim II.

Acaba de ser nomeado Pároco das Paróquias de Santiago em Alcácer do Sal, Santa Susana e São Cristovão, cuja tomada de posse ocorreu hoje dia 21 de Setembro de 2008.

25º Domingo do Tempo Comum - Ano A

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
disse Jesus aos seus discípulos a seguinte parábola:
«O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário,
que saiu muito cedo a contratar trabalhadores para a sua vinha.
Ajustou com eles um denário por dia
e mandou-os para a sua vinha.
Saiu a meio da manhã,
viu outros que estavam na praça ociosos e disse-lhes:
‘Ide vós também para a minha vinha
e dar-vos-ei o que for justo’.
E eles foram.
Voltou a sair, por volta do meio-dia e pelas três horas da tarde,
e fez o mesmo.
Saindo ao cair da tarde,
encontrou ainda outros que estavam parados e disse-lhes:
‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’
Eles responderam-lhe: ‘Ninguém nos contratou’.
Ele disse-lhes: ‘Ide vós também para a minha vinha’.
Ao anoitecer, o dono da vinha disse ao capataz:
«Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário,
a começar pelos últimos e a acabar nos primeiros’.
Vieram os do entardecer e receberam um denário cada um.
Quando vieram os primeiros, julgaram que iam receber mais,
mas receberam também um denário cada um.
Depois de o terem recebido,
começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo:
‘Estes últimos trabalharam só uma hora
e deste-lhes a mesma paga que a nós,
que suportámos o peso do dia e o calor’.
Mas o proprietário respondeu a um deles:
‘Amigo, em nada te prejudico.
Não foi um denário que ajustaste comigo?
Leva o que é teu e segue o teu caminho.
Eu quero dar a este último tanto como a ti.
Não me será permitido fazer o que eu quero do que é meu?
Ou serão maus os teus olhos porque eu sou bom?’
Assim, os últimos serão os primeiros
e os primeiros serão os últimos».


Mt 20,1-16a

sábado, 20 de setembro de 2008

Para interiorizar...

O AMOR É UMA LUZ que não deixa escurecer a vida. Ninguém é pobre quando ama.

Camilo Castelo Branco

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Para guardar na memória e no coração

"Ser verdadeiramente livre significa:

usar a própria liberdade para aquilo que é o verdadeiro bem;
ser pessoa de consciência recta;
ser responsável;
ser pessoa para os outros."

(João Paulo II, Carta aos Jovens)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

AVE - MARIA em várias línguas




Português

Ave-Maria,
cheia de graça
O Senhor é convosco
Bendita sois vós entre as mulheres
E bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus!
Santa Maria, Mãe de Deus,
Rogai por nós, pecadores
Agora e na hora de nossa morte.
Amém.



Espanhol

Dios te salve, María.
Llena eres de gracia:
El Señor es contigo.
Bendita tú eres entre todas las mujeres.
Y bendito es el fruto de tu vientre: Jesús.
Santa María, Madre de Dios,
ruega por nosotros pecadores,
ahora y en la hora de nuestra muerte.


Francês

Je vous salue, Marie,
pleine de grâces,
le Seigneur est avec vous;
vous êtes bénie entre toutes les femmes,
et Jésus le fruit de vos entrailles, est béni.
Sainte Marie, Mère de Dieu,
priez pour nous pécheurs,
maintenant, et à l'heure de notre mort.


Inglês

Hail Mary,
full of grace.
The Lord is with thee.
Blessed art thou amongst women,
And blessed is the fruit of thy womb, Jesus.
Holy Mary, Mother of God,
Pray for us sinners,
Now and at the hour of our death.


Alemão

Gegrüßet seist du Maria,
voll der Gnade.
Der Herr ist mit Dir.
Du bist gesegnet unter den Frauen
und gesegnet ist die Frucht Deines Leibes Jesu.
Heilige Maria, Mutter Gottes,
bitte für uns Sünder
jetzt und in der Stunde unseres Todes.


Italiano

Ave, o Maria,
piena di grazia,
il Signore è con te.
Tu sei benedetta fra le donne
e benedetto è il frutto del tuo seno, Gesù.
Santa Maria, Madre di Dio,
prega per noi peccatoti,
adesso e nell'ora della nostra morte.


Latim

Ave María,
grátia plena,
Dóminus tecum.
Benedícta tu in muliéribus,
et benedíctus fructus ventris tui, Iesus.
Sancta María, Mater Dei,
ora pro nobis peccatóribus,
nunc, et in hora mortis nostræ.



Tupi

Ave Maria,
Ine puranga rete,
yane Yara u iku ne iruma,
yumumeu katu ine amuita kunha pyry
Iyumumeu katu ne memyra Jesus.
Santa Maria,Tupana manha,
re yurure yane puxiwera rese,
kuhyry I ya manu rame.
Yawe-te.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A cruz de cada um...






Deus, é muito pesado...
Por favor reduza um pouco para mim...










Deus, por favor corte mais um pedaço...
assim eu poderei levar melhor...






Deus, obrigado por isso...





Usaremos isto como ponte para atravessar...



Ahh! é muito curto eu não vou conseguir atravessar...





domingo, 14 de setembro de 2008

24º Domingo do Tempo Comum - Ano A


Festa da Exaltação da Santa Cruz

A Festa da Exaltação da Santa Cruz, convida-nos a contemplar a cruz de Jesus. Ela é a expressão suprema do amor de um Deus que veio ao nosso encontro, que aceitou partilhar a nossa humanidade, que quis fazer-se servo dos homens, que se deixou matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. Oferecendo a sua vida na cruz, em dom de amor, Jesus indicou-nos o caminho para chegar à vida plena.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos:
«Ninguém subiu ao Céu
Senão Aquele que desceu do Céu: o Filho do homem.
Assim como Moisés elevou a serpente no deserto,
também o Filho do homem será elevado,
para que todo aquele que acredita
tenha n'Ele a vida eterna.
Deus amou tanto o mundo
que entregou o seu Filho Unigénito,
para que todo o homem que acredita n'Ele
não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por Ele».

Jo 3,13-17

Neste Evangelho João recorda-nos que Deus nos amou de tal forma, que enviou o seu Filho único ao nosso encontro para nos oferecer a vida eterna. Convida-nos a olhar para a cruz de Jesus, a aprender com ele a lição do amor total, a percorrer com ele o caminho da entrega e do dom da vida. É esse o caminho da salvação, da vida plena e definitiva.

sábado, 13 de setembro de 2008

Treze de Setembro



"Dia 13 de Setembo de 1917 - Ao aproximar-se a hora, lá fui, com a Jacinta e o Francisco, entre numerosas pessoas que a custo nos deixavam andar. As estradas estavam apinhadas de gente. Todos nos queriam ver e falar. Ali não havia respeito humano. Numerosas pessoas, e até senhoras e cavalheiros, conseguindo romper por entre a multidão que à nossa volta se apinhava, vinham prostrar-se de joelhos, diante de nós, pedindo que apresentássemos a Nossa Senhora as suas necessidades. Outros, não conseguindo chegar junto de nós, chamavam de longe:
- Pelo amor de Deus! peçam a Nossa Senhora que me cure meu filho, que é aleijadinho!
Outro:
- Que me cure o meu, que é cego!
Outro:
- O meu, que é surdo!
- Que me traga meu marido...
- ... meu filho, que anda na guerra!
- Que me converta um pecador!
- Que me dê saúde, que estou tuberculosos!
Etc., etc.
Ali apareciam todas(as) misérias da pobre humanidade. E alguns gritavm até do cimo das árvores e paredes, para onde subiam, com o fim de nos ver passar. Dizendo a uns que sim, dando a mão a outros para os ajudar a levantar do pó da terra, lá fomos andando, graças a alguns cavalheiros que nos iam abrindo passagem por entre a multidão.
Quando agora leio, no Novo Testamento, essas cenas tão encantadoras da passagem de Nosso Senhor pela Palestina, recordo estas que, tão criança ainda, Nosso Senhor me fez presenciar, nesses pobres caminhos e estradas de Aljustrel a Fátima e à Cova de Iria, e dou graças a Deus, oferecendo-Lhe a fé do nosso bom povo português. E penso: se esta gente se abate assim diante de três pobres crianças, só porque a elas é concebida misericordiamente a graça de falar com (a) Mãe de Deus, que não fariam se vissem diante de si o próprio Jesus Cristo?
Bem; mas isto não era nada chamado para aqui. Foi mais uma distracção da pena que me escapou para onde eu não queria. Paciência! Mais uma coisa inútil; para não inutilizar o caderno.
Chegámos, por fim, à Cova da Iria, junto da carrasqueira e começamos a rezar o terço com o povo. Pouco depois, vimos o reflexo da luz e a seguir Nossa Senhora sobre a azinheira.
- Continuem a rezar o terço, para alcançarem o fim da guerra. Em Outubro virá também Nosso Senhor, Nossa Senhora das Dores e do Carmo, S. José com o Menino Jesus para abençoarem o Mundo. Deus está contente com os vossos sacrifícios, mas não quer que durmais com a corda; trazei-a só durante o dia.
- Têm-me pedido para Lhe pedir muitas coisas: a cura de alguns doentes, dum surdo-mudo.
- Sim, alguns curarei; outros não. Em Outubro farei o milagre, para que todos acreditem. E começando a elevar-se, desapareceu como de costume.

In Memórias da Irmã Lúcia

sábado, 6 de setembro de 2008

"Com muito pouca coisa se pode transformar a vida a muita gente"

Caros peregrinos

No próximo mês de Outubro irei integrar com mais 11 voluntários a 5ª Missão Aventura Solidária organizada pela AMI – Associação de Médicos Internacionais, que decorrerá em Réfane, localidade situada a cerca de 130 km de Dakar, capital do Senegal.

Réfane tem uma população total de cerca de 22000 habitantes, e é constituída por várias comunidades rurais circundantes, com cerca de 3000 habitantes cada dos quais 2000 são crianças. A precariedade na qualidade de vida é uma realidade constante em Réfane.

A AMI juntamente com a TAP autoriza cada voluntário a transportar para além dos 20kg de bagagem pessoal 20kg de bagagem destinada a ajuda humanitária.

Neste sentido venho solicitar a vossa solidariedade para com as crianças de Réfane através da oferta de material escolar (lápis, canetas, borrachas, afias, lápis de cor, canetas de feltro, réguas, esquadros, máquinas de calcular, cadernos, livros de pintar, etc). São também bem vindos livros em francês e T’shirt’s de todos os tamanhos.

Caso estejam interessados em colaborar nesta pequena ajuda humanitária, receberei em mãos este material até ao próximo dia 17 de Outubro. Refiro que este material será transportado por mim até Réfane e lá será entregue aos responsáveis da missão para depois ser distribuido no local.

Desde já agradeço o vosso gesto em nome das crianças de Réfane.

Bem-haja!

Caminhar do Sul no Mundo