segunda-feira, 20 de julho de 2009

De 20 a 27 de Julho


Nas Pegadas de SÃO PAULO.

domingo, 19 de julho de 2009

XVI Domingo do Tempo Comum


«Eram como ovelhas sem pastor»

Sem a palavra de Deus os homens não encontram a união, são como ovelhas tresmalhadas de um rebanho a que falta o pastor. Jesus, ao contemplar a multidão que O seguia, mas que não era ainda a sua Igreja, sente por ela grande compaixão e vai-lhes dando o pão da palavra de Deus: “começou a ensinar-lhes muitas coisas”.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
os Apóstolos voltaram para junto de Jesus
e contaram-Lhe tudo o que tinham feito e ensinado.
Então Jesus disse-lhes:
«Vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco».
De facto, havia sempre tanta gente a chegar e a partir
que eles nem tinham tempo de comer.
Partiram, então,
de barco para um lugar isolado,
sem mais ninguém.
Vendo-os afastar-se,
muitos perceberam para onde iam;
e, de todas as cidades,
acorreram a pé para aquele lugar
e chegaram lá primeiro que eles.
Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão
e compadeceu-Se de toda aquela gente,
porque eram como ovelhas sem pastor.
E começou a ensinar-lhes muitas coisas.

Mc 6, 30-34



Regressados da sua pregação, os apóstolos relatam ao Senhor os sucessos alcançados. Jesus convida-os a descansar e a reflectir; Ele mesmo mostra-lhes como evangelizar as multidões, tornando-se, assim, pastores do rebanho de Deus. Na Bíblia, também os reis e sacerdotes do povo de Israel nos aparecem frequentemente sob a designação de pastores. Jeremias, por exemplo, procura criar no povo a esperança no aparecimento de um outro Pastor que o conduza à vida e à realização dos desígnios do Senhor. Um Pastor capaz de trazer ao mundo a reconciliação, o perdão e a paz entre os Homens, assim tornados mais próximos de Deus, no mesmo Espírito de unidade.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Escapulário do Carmo


COMO SURGIU O ESCAPULÁRIO

Foi na madrugada do dia 16 de Julho de 1251 que Nossa Senhora apareceu ao santo carmelita inglês, São Simão Stock, e entregou-lhe o miraculoso Escapulário do Carmo.
São Simão Stock era, naqueles tempos, Superior Geral da Ordem dos Carmelitas. Ele encontrava-se numa situação aflitiva, pois a sua Ordem passava por dificuldades muito sérias, sendo desprezadas, perseguida e até ameaçada de extinção.

São Simão Stock era um homem de uma fé viva, e não cessava de implorar socorro à Santíssima Virgem, pedindo-lhe também um sinal sensível de que seria atendido.
Comovida pelas súplicas angustiantes deste seu fervoroso filho, Nossa Senhora trouxe-lhe do Céu o santo Escapulário e dirigiu-lhe estas palavras:


"Recebe, filho diletíssimo, o Escapulário de tua Ordem, sinal de minha confraternidade, privilégio para ti e para todos os Carmelitas".
"Todos os que morrerem revestidos deste Escapulário não padecerão o fogo do inferno. É um sinal de salvação, refúgio nos perigos, aliança de paz e pacto para sempre"
.

A partir dessa misericordiosa intervenção da Mãe de Deus, a Ordem carmelita refloresceu em todo o mundo! E o Escapulário passou a percorrer a sua milagrosa trajetória, como sinal de aliança de Nossa Senhora com os Carmelitas e com toda a humanidade.
Setenta anos mais tarde, Nossa Senhora apareceu ao Papa João XXII e fez-lhe uma nova promessa, considerada como complemento da primeira:

"Eu, como tema Mãe dos Carmelitas, descerei ao purgatório no primeiro sábado depois de sua morte e os livrarei e os conduzirei ao Monte Santo da vida eterna."

Esta segunda promessa de Nossa Senhora deu origem à célebre Bula Sabatina do Papa João XXII, publicada em 03 de março de 1322, confirmada posteriormente por vários Sumos Pontífices como Alexandre V, Clemente VII e Paulo III.

De início, o Escapulário era de uso exclusivo dos religiosos Carmelitas. Mais tarde, a Igreja, querendo estender os privilégios e benefícios espirituais desse uso a todos os católicos, simplificou o seu tamanho e autorizou que a sua recepção ficasse ao alcance de todos.



PRIVILÉGIOS DO ESCAPULÁRIO

"Não, não basta dizer que o Escapulário é um sinal de salvação. Eu sustento que não há outro que faça nossa predestinação tão certa..." (São Cláudio de la Colombière, S.J.)

1. É um sinal de aliança com Nossa Senhora. Pelo seu uso, exprimimos a nossa consagração a Ela;
2. É um sinal de salvação. Quem morrer com ele não padecerá o fogo do inferno;
3. A Santíssima Virgem livrará do purgatório, no primeiro sábado depois da morte, todos os que o portarem;
4. É um sinal de protecção em todos os perigos.



CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA

O Escapulário do Carmo, enquanto dádiva da Santíssima Virgem, é símbolo de uma consagração.
Foi a própria Mãe de Deus que aludiu a essa consagração, quando disse a São Simão Stock, na gloriosa madrugada de 16 de julho de 1251:

"...é um pacto de paz e amizade que faço contigo e todos os carmelitas...".

É como se dissesse: quero que este pacto que faço convosco, fundamentado em eterna amizade, seja expresso pelo meu Escapulário, como símbolo da consagração que fazeis a mim ao recebê-lo.




IMPOSIÇÃO DO ESCAPULÁRIO

O Escapulário do Carmo compõe-se de duas peças, entre si. Somente o primeiro Escapulário precisa ser bento e imposto por um sacerdote.
Tanto essa bênção como a imposição valem para todos os outros Escapulários que substituírem o primeiro. Uma vez tendo-o recebido, devemos usá-lo sempre e continuamente.

Imposição - O sacerdote benze o Escapulário e o impõe, dizendo:
"Recebe este santo Escapulário como sinal da Santíssima Virgem Maria, Rainha do Carmelo, para que, com seus méritos, o uses sempre com dignidade, seja tua defesa em todas as adversidades e te conduza à vida eterna."




CURIOSIDADE

O que significa a palavra ESCAPULÁRIO

Do Latim: * SCAPULARIU < scapulla, espádua. Tira de pano, pendente do pescoço, usado por certos religiosos e religiosas que o trazem por cima do hábito.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Nossa Senhora do Carmo



Nossa Senhora do Carmo é um título consagrado a Nossa Senhora, também conhecida por Nossa Senhora do Monte Carmelo. Este título apareceu por propósito de relembrar o convento construído em honra à Virgem Maria, nos primeiros séculos do Cristianismo, no Monte Carmelo, na Samaria.




A Sua principal característica é carregar consigo o escapulário, que representa estar ao serviço do reino de Deus trazendo benefícios a quem assume este sinal e esta proposta como seus.

A sua festa comemora-se hoje dia 16 de Julho.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Orientações da Pastoral da Saúde sobre a Gripe A

"ORIENTAÇÕES PARA AS COMUNIDADES CRISTÃS



Estamos perante a ameaça de uma "pandemia" através de uma doença que se transmite com muita facilidade e já é de todos nós conhecida. É a GRIPE A ou GRIPE H1N1.

A missão da Igreja, através da Pastoral da Saúde, está em assistir os doentes, mas também em prevenir as doenças, através da educação para a saúde.

O papel do sacerdote e de todos os outros agentes pastorais consiste também em colaborar com a sociedade na prevenção das doenças. O sacerdote, sobretudo se presidir a uma comunidade cristã, é um agente social da maior importância.

Perante a ameaça da GRIPE A, o que fazer?1. Aconselhar todos os cristãos da sua comunidade a seguirem as orientações dadas pela Direcção Geral da Saúde - Ministério da Saúde, na prevenção desta doença, como sejam:


- Lavar as mãos com água e sabão com muita frequência.

- Se tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com um lenço de papel, a deitar fora de imediato.

- Se ficar doente, permanecer em casa.

- Evitar o contacto com pessoas com gripe.



2. Nas celebrações litúrgicas, recomenda-se:

- Aos Ministros da Comunhão, Sacerdotes e Ministros Extraordinários, que purifiquem as mãos com solução anti-séptica, antes da distribuição da comunhão.

- Aos fiéis, que quanto possível, recebam a Comunhão na mão e não na boca, aliás segundo prática secular na Igreja.

- A todos, que reduzam o abraço da paz a um pequeno sinal ou inclinação da cabeça sem o contacto físico.



3. Nos templos pede-se também para:

- Manter vazias as "pias de água benta" às portas da igreja, para não as tornar um foco de transmissão do vírus.

- Ter a Igreja suficientemente arejada, sobretudo em atenção ao número de fiéis nas celebrações dominicais.



Deve evitar-se todo o alarmismo, mas é da maior necessidade que a Igreja colabore nos programas de prevenção da Gripe A.

NOTA: Estas orientações não são normas litúrgicas, são sugestões suficientemente claras para prevenir desde já a expansão da pandemia. É um conselho útil e provisório para o tempo de difusão da Gripe A."


In Agência Ecllesia

domingo, 12 de julho de 2009

XV Domingo do Tempo Comum


«Começou a enviá-los»

A missão dos Apóstolos é puro dom do Senhor; Ele escolhe os que quer, e envia-os a anunciar uma mensagem de salvação que vem d’Ele, o Salvador. E de tal maneira eles anunciam uma mensagem que não é sua, mas de Jesus, que não deverão ir apoiados em seguranças humanas, mas somente no dom do Senhor que os envia.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
Jesus chamou os doze Apóstolos
e começou a enviá-los dois a dois.
Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros
e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho,
a não ser o bastão:
nem pão, nem alforge, nem dinheiro;
que fossem calçados com sandálias,
e não levassem duas túnicas.
Disse-lhes também:
«Quando entrardes em alguma casa,
ficai nela até partirdes dali.
E se não fordes recebidos em alguma localidade,
se os habitantes não vos ouvirem,
ao sair de lá,
sacudi o pó dos vossos pés como testemunho contra eles».
Os Apóstolos partiram
e pregaram o arrependimento,
expulsaram muitos demónios,
ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.


Mc 6, 7-13






Não tendo sido aceite na sua terra, Jesus tenta mais uma vez a conversão dos seus con-terrâneos, enviando-lhes os seus discípulos, recomendando-lhes humildade, pobreza e desprendimento, para que o anúncio adquira verdadeira eficácia.

sábado, 11 de julho de 2009

80º Aniversário

Ontem dia 10 de Julho, a nossa peregrina Maria Ângela completou 80 anos de vida.
"Caminhar do Sul" deseja as maiores felicidades e espera continuar a peregrinar na sua companhia, escutando as suas palavras de fé, de oração, as suas histórias de vida e de sabedoria, que nos dão a força e a coragem necessárias para o nosso caminhar.


Recordando...

2004

2005

2006

2007

2008

2009

Bem haja Maria Ângela por todos estes momentos!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Ensinarás a pensar…

Ensinarás…

Ensinarás a voar…
Mas não voarão o teu voo.

Ensinarás a sonhar…
Mas não sonharão o teu sonho.

Ensinarás a viver…
Mas não viverão a tua vida.

Ensinarás a cantar…
Mas não cantarão a tua canção.

Mas não pensarão como tu.

Porém saberás
Que cada vez que voem,
Sonhem, vivam, cantam
E pensam…
Estará a semente
Do caminho
Ensinado e aprendido.

Madre Teresa de Calcutá


In folheto "Paz e Bem" Junho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Almoço convívio - 2009

Ontem realizou-se o nosso almoço convívio 2009.
Pelas 12h00 encontrámo-nos na Igreja de Santiago em Alcácer do Sal, para podermos mais uma vez e em conjunto celebrarmos a eucaristia.



Na Quinta da Esquerda em Alcácer do Sal partilhámos momentos de convívio, sempre recordando a nossa ultima caminhada até Fátima.





























Durante o almoço as guias leram uma mensagem enviada pela Fraternidade dos Irmãozinhos de S. Francisco de Assis, expressando a sua gratidão e agradecimento a todo o grupo de peregrinos.






Pela tarde dentro e após a venda das rifas, sorteámos um quadro bordado a ponto de cruz pela nossa guia Lídia e uma sagrada família pintada à mão pela Manuela Morais.


















Já no final partimos o bolo, confeccionado e oferecido pela peregrina Cláudia Baptista.

domingo, 5 de julho de 2009

XIV Domingo do Tempo Comum


«Um profeta só é desprezado na sua terra»

O último dos Profetas foi o próprio Filho de Deus, Jesus. Mais do que Profeta, porque Ele, não só anunciou a palavra de Deus, mas Ele próprio é a Palavra do Pai, e veio a este mundo precisamente para ser a Palavra de Deus no meio dos homens. Apesar disso, os seus próprios compatriotas desprezaram-n’O. Era para eles apenas um vizinho, todos Lhe conheciam a história, e facilmente desprezamos o que só conhecemos por fora. Outros, ao longe, hão-de acreditar n’Ele, e, por Ele, chegar ao Pai.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
Jesus dirigiu-Se à sua terra
e os discípulos acom¬panharam-n’O.
Quando chegou o sábado,
começou a ensinar na sinagoga.
Os numerosos ouvintes estavam admirados e diziam:
«De onde Lhe vem tudo isto?
Que sabedoria é esta que Lhe foi dada
e os prodigiosos milagres feitos por suas mãos?
Não é Ele o carpinteiro,
filho de Maria,
e irmão de Tiago,
de José,
de Judas e de Simão?
E não estão as suas irmãs aqui entre nós?».
E ficavam perplexos a seu respeito.
Jesus disse-lhes:
«Um profeta só é desprezado na sua terra,
entre os seus parentes e em sua casa».
E não podia ali fazer qualquer milagre;
apenas curou alguns doentes,
impondo-lhes as mãos.
Estava admirado com a falta de fé daquela gente.
E percorria as aldeias dos arredores,
ensinando.

Mc 6, 1-6




O ser humano diante de Deus conta apenas com a grandeza da sua disponibilidade para servir o Senhor. “Vou enviar-te”, diz o Senhor ao profeta e diz-nos hoje também a nós, porque a Palavra de Deus não é uma palavra como as outras, mera recordação do passado, mas palavra para mim hoje, aqui e agora. A fraqueza e a humilhação impedem que o egoísmo e o orgulho se manifestem. Deus escolhe instrumentos pobres e até inúteis aos nossos olhos para a construção do Seu Reino. É o exemplo dos santos, que não devemos ter apenas como intercessores mas como modelos de uma conduta de amor a que também nós somos chamados.

sábado, 4 de julho de 2009

S. ISABEL DE PORTUGAL



Isabel de Aragão nasceu no palácio de Aljaferia, na cidade de Saragoça, onde reinava o seu avô paterno D. Jaime I. Era filha de D. Pedro, futuro D. Pedro III, e de D. Constança de Navarra. A princesa recebeu o nome de Isabel por desejo de sua mãe em recordação de sua tia Santa Isabel da Hungria, duquesa de Turíngia. O seu nascimento veio acabar com as discórdias na corte de Aragão, pelo que o seu avô lhe chamava “rosa da casa de Aragão”. As virtudes da sua tia-avó viriam a servir-lhe de modelo e desde muito nova começou a mostrar gosto pela meditação, rezas e jejum, não a atraindo os divertimentos comuns das raparigas da sua idade. Isabel não gostava de música, passeios, nem jóias e enfeites, vestia-se sempre com simplicidade.

A infanta D. Isabel tornara-se conhecida em beleza discrição e santidades. As suas virtudes levaram muitos príncipes apresentavam-se a D. Pedro como pretendentes à mão da sua admirável filha. Os pais escolheram o mais próximo, D. Dinis, herdeiro do trono de Portugal, que era também o mais dotado de qualidades. Isabel estava mais inclinada a encerrar-se num convento, no entanto, como era submissa, viu no pedido dos pais, a vontade do céu. Foram assinadas a 11 de Fevereiro de 1282 as bases do contrato de casamento, e o matrimónio realizou-se na vila de Trancoso, no dia de S. João Baptista de 1282. Nos primeiros tempos de casada acompanhava o marido nas suas deslocações pelo país e com a sua bondade conquistou a simpatia do povo. Dava dotes a raparigas pobres e educava os filhos de cavaleiros sem fortuna.

Isabel deu ao rei dois filhos: Constância, futura rainha de Castela e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. As numerosas aventuras extraconjugais do marido humilhavam-na profundamente. Mas Isabel mostrava-se magnânima no perdão criando com os seus também os filhos ilegítimos de Dinis, aos quais reservava igual afecto. Entre seus familiares, constantemente em luta, desempenhou obra de pacificadora, merecendo justamente o apelido de anjo da paz. Desempenhou sempre o papel de medianeira entre o rei e o seu irmão D Afonso, bem como entre o rei e o príncipe herdeiro. Por sua intervenção foi assinada a paz em 1322.

A sua vida será marcada por quatro virtudes fundamentais: a piedade, a caridade, a humildade e a inquietude pela paz. Tornou-se uma mulher de grande piedade conservando em sua vida a prática da oração e a meditação da Palavra de Deus. Buscou sempre a reconciliação e a paz entre as pessoas, as famílias e até entre nações. D. Isabel costumava dizer “Deus tornou-me rainha para me dar meios de fazer esmolas.” Sempre que saía do paço era seguida por pobres e andrajosos a quem sempre ajudava.

Após a morte de seu marido, entregou-se inteiramente às obras assistenciais que havia fundado, não podendo vestir o hábito das clarissas e professar os votos no mosteiro que ela mesma havia fundado, fez-se terciária franciscana, após ter deposto a coroa real no santuário de São Tiago de Compostela e haver dado seus bens pessoais aos necessitados. Fixou residência em Coimbra, junto ao convento de Santa Clara, nos Paços de Santa Ana, de que faria doação ao convento. Mandou edificar o hospital de Coimbra junto à sua residência, o de Santarém e o de Leiria para receber enjeitados.

Viveu uma profunda caridade sendo sempre sensível às necessidades dos pobres e excluídos. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, dedicada aos exercícios de piedade e de mortificações. Isabel faleceu a 4 de Julho de 1336, deixando em testamento grandes legados a hospitais e conventos.

O povo criou à sua volta uma lenda de santidade, atribuindo-lhe diversos milagres e a santa foi canonizada em 1625. Foram atribuídos muitos milagres, como a cura da sua dama de companhia e de diversos leprosos. Diz-se também que fez com que uma pobre criança cega começasse a ver e que curou numa só noite os graves ferimentos de um criado. No entanto o mais conhecido é o milagre das rosas.

Reza a lenda que, durante o cerco de Lisboa, D. Isabel estava a distribuir moedas de prata para socorrer os necessitados da zona de Alvalade, quando o marido apareceu. O rei perguntou-lhe: “O que levais aí, Senhora?” Ao que ela, com receio de desgostar a D. Dinis, e, como que inspirada pelo céu respondeu: Levo rosas senhor....” E, abrindo o manto, perante o olhar atónito do rei, não se viram moedas, mas sim rosas encarnadas e frescas
Beatificada pelo Papa Leão X(breve de 15/04/1516) e em 1625 foi canonizada pelo Papa Urbano VIII. Por ordem do bispo D. Afonso de Castelo Branco abriu-se o túmulo real, verificando-se que o corpo da saudosa Rainha estava incorrupto. A canonização solene teve lugar em 1625. Quando esta notícia chegou à cidade realizaram-se grandes festejos que se prolongam até aos nossos dias.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Testemunho...


Recebi hoje um mail de um peregrino que em Maio passado caminhou connosco a pé até à Cova da Iria.
Aqui ficam as palavras sentidas, o testemunho de coragem, de fé e de agradecimento desta caminhada que, sem dúvida, foi a responsável pelo encontro e pelo começo de uma nova vida...
Bem haja!

"Bom dia Maria João…
Este mail não é mais que um testemunho do que passei nos nossos dias de caminhada. Como gosto de ter alguns dias para reflectir sobre tudo pensei em escrever algumas coisas para ti.
É difícil sintetizar emoções, mesmo porque, pelo seu cariz subjectivo, nem sempre é possível faze-las passar para os outros. Mesmo as palavras utilizadas ficam sempre aquém do que pretendemos dizer. São tão pessoais quanto as experiências que tivemos.
Como sabes eu não ia por promessa. Ia com uma missão. Contudo acabei por encontrar mais do que procurava. Encontrei um grupo… uma comunidade com os mesmo ideais e com o mesmo modo de pensar que eu.
Principalmente encontrei-me a mim. Contudo, como todas as novas descobertas, esta está em processo de “digestão”.
Sei que há muito que posso fazer pela minha comunidade e paróquia. Muito caminho a percorrer, quase tanto quantos os quilómetros que tivemos que vencer para o Santuário da Santíssima Mãe. E os obstáculos irão ser igualmente difíceis de transpor.
Apesar disso conseguir tocar uma parte de mim que achei que estava dormente a muito tempo. O simples gesto de conseguir abraçar alguém e chorar sem medo, vergonha ou outro tipo de sentimento negativo.
Posso positivamente dizer que algo se transformou dentro de mim. E como a semente que é lançada a terra tem que ter uma terra fértil e bom alimento para que possa crescer, também eu estou a pensar em continuar a alimentar este novo sentimento de mudança de modo a que ele continue a dar frutos.
Estes dias foram um processo de descoberta e de abertura. Não quero que este pedaço de mim se volte a fechar.
Quando disseste que poderias ter problemas com o Vitor eu pensei para mim… “Era comigo que poderias ter problemas”. É mais difícil atingir-me a mim do que o Vitor. Mais anos de experiencia em ficar fechado ao exterior e aos outros. Durante muito tempo fui criando barreiras atrás de barreiras que com esta peregrinação se quebraram, culminando na situação em que estou agora.
É um resultado positivo na mesma. Sabes que existem males que vêm por bem. Foi um mal necessário ter que passar por este processo de modo a ter que quebrar as barreiras que encerravam em mim os meus medos, angustias, traumas, etc. que foram-se acumulando ao longo de anos.
Foram vocês todos em cada um dos peregrinos que ajudei, em cada rosto que buscava auxílio, que foram derrubando as barreiras que me isolavam do mundo.
João… antes de mais quero agradecer a organização, o tempo e a paciência demonstrada com todos nós. Quero estender os meus cumprimentos para toda a equipa de apoio.
De um modo especial quero agradecer a minha companheira de peregrinação a Lídia… pelas palavras e pelos ouvidos…
Ao Vitor, mais que um cunhado é um irmão, por me ter acompanhado nesta “odisseia”, por ter estado sempre presente quando necessário…
A minha mulher que “aguentou” o pós peregrinação e que mesmo assim manteve-se junto de mim. Por todo o amor que me deu e dá…
Por fim a minha mãe que insistiu sempre para que eu fosse na peregrinação.
Para ti apenas desejo que Jesus e a Sua Mãe muito amada continuem a infundir Paz, Alegria e Amor na tua vida. Possas sempre ser o instrumento de Deus na senda de recolher as suas ovelhas perdidas.
Um beijinho e um obrigado com aquilo que tenho de mais precioso para dar… o meu Amor…
"

Caminhar do Sul no Mundo