segunda-feira, 29 de junho de 2009

Pedro, o apóstolo




29 de Junho "DIA DE SÃO PEDRO"


O seu nome original não era Pedro, mas Simão. Cristo apelidou-o de Petros - Pedro, nome grego, masculino, derivado da palavra "petra", que significa "Pedra" ou "rocha".

Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão Pedro era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Segundo o relato no Evangelho de São Lucas 5:1-11, Pedro terá conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão de gente que o queria ouvir. Pedro, que estava a lavar redes com São Tiago e João, seus sócios, concedeu-lhe o lugar na barca que foi afastada um pouco da margem. No final da pregação, Jesus disse a Simão Pedro que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro diz-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam rebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes. Numa atitude de humildade e espanto Pedro prosta-se perante Jesus e diz para que se afaste dele, já que é um pecador. Jesus encoraja-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornará "pescador de homens".

De acordo com os Evangelhos, Simão foi o primeiro dos discípulos a professar a fé de que Jesus era o filho de Deus. É esse acontecimento que leva Jesus a chamá-lo de Pedro - a pedra basilar da nova crença. Encontramos o relato do evento no Evangelho de São Mateus 16:13-23: Jesus terá perguntado aos seus discípulos (depois de se informar do que sobre ele corria entre o povo): "E vós, quem pensais que sou eu?"; ao que Pedro respondeu "És o Cristo, Filho de Deus vivo". Jesus ter-lhe-á dito, então: "Simão, filho de Jonas, és um homem abençoado! Pois isso não te foi revelado por nenhum homem, mas pelo meu Pai, que está no céu. Por isso te digo: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e o poder da morte não poderá mais vencê-la. Dar-te-ei as chaves do Reino do Céu, e o que ligares na terra será ligado no céu, e o que desligares na terra será desligado no céu". É por esta razão que São Pedro é, geralmente representado com chaves na mão e a tradição apresenta-o como porteiro do Paraíso.

domingo, 28 de junho de 2009

XIII Domingo do Tempo Comum

«Menina, Eu te ordeno: Levanta-te»

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
depois de Jesus ter atravessado
de barco para a outra margem do lago,
reuniu-se uma grande multidão à sua volta,
e Ele deteve-se à beira-mar.
Chegou então um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo.
Ao ver Jesus,
caiu a seus pés e suplicou-Lhe com insistência:
«A minha filha está a morrer.
Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva».
Jesus foi com ele,
seguido por grande multidão,
que O apertava de todos os lados.
Ora, certa mulher que tinha um fluxo de sangue havia doze anos,
que sofrera muito nas mãos de vários médicos
e gastara todos os seus bens,
sem ter obtido qualquer resultado,
antes piorava cada vez mais,
tendo ouvido falar de Jesus,
veio por entre a multidão
e tocou-Lhe por detrás no manto, dizendo consigo:
«Se eu, ao menos, tocar nas suas vestes, ficarei curada».
No mesmo instante estancou o fluxo de sangue
e sentiu no seu corpo que estava curada da doença.
Jesus notou logo que saíra uma força de Si mesmo.
Voltou-Se para a multidão e perguntou:
«Quem tocou nas minhas vestes?».
Os discípulos responderam-Lhe:
«Vês a multidão que Te aperta e perguntas:
«‘Quem Me tocou?’».
Mas Jesus olhou em volta, para ver quem O tinha tocado.
A mulher, assustada e a tremer,
por saber o que lhe tinha acontecido,
veio prostrar-se diante de Jesus e disse-Lhe a verdade.
Jesus respondeu-lhe:
«Minha filha, a tua fé te salvou».
Ainda Ele falava,
quando vieram dizer da casa do chefe da sinagoga:
«A tua filha morreu. Porque estás ainda a importunar o Mestre?».
Mas Jesus, ouvindo estas palavras,
disse ao chefe da sinagoga:
«Não temas; basta que tenhas fé».
E não deixou que ninguém O acompanhasse,
a não ser Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
Quando chegaram a casa do chefe da sinagoga,
Jesus encontrou grande alvoroço,
com gente que chorava e gritava.
Ao entrar, perguntou-lhes:
«Porquê todo este alarido e tantas lamentações?
A menina não morreu; está a dormir». Riram-se d’Ele.
Jesus, depois de os ter mandado sair a todos,
levando consigo apenas o pai da menina
e os que vinham com Ele,
entrou no local onde jazia a menina,
pegou-lhe na mão e disse:
«Talita Kum», que significa:
«Menina, Eu te ordeno: Levanta-te».
Ela ergueu-se imediatamente e começou a andar,
pois já tinha doze anos.
Ficaram todos muito maravilhados.
Jesus recomendou-lhes insistentemente
que ninguém soubesse do caso
e mandou dar de comer à menina.

Mc 5, 21-24.35b-43





Deus não criou o Homem para o abandonar à morte, mas para que viva eternamente. A criação é portadora de vida. O apóstolo Paulo apresenta-nos o ideal da vida cristã não como um ideal da esmola mas da justa distribuição dos bens, por forma a que não haja opulentos de um lado e miseráveis do outro. Já no Evangelho, e depois de no Domingo passado termos ouvido como Jesus acalmou a tempestade, temos hoje um outro exemplo de como não devemos desesperar face às partidas que a vida nos reserva, mas encará-las com fé, porque Cristo está no meio de nós.

sábado, 27 de junho de 2009

A barca


Recordando a peregrinação à Terra Santa em Julho de 2008.


sexta-feira, 26 de junho de 2009

Cura d`Ars: a razão de ser do Ano Sacerdotal


Bento XVI proclamou o Ano Sacerdotal - de 19 de Junho deste ano até 19 de Junho de 2010 - para celebrar os 150 anos da morte de S. João Maria Vianney.

Em Dardilly, perto de Lyon, (França) na casa que já pertencera aos seus avós, nasceu o futuro Santo Cura d´Ars a 8 de Maio de 1786. Ainda era criança e os vizinhos já comentavam a sua precoce piedade: "Vejam o gordinho, como se entretêm com o seu Anjo". Filho de Mateus e Maria Beluze, a sua infância foi marcada pelos acontecimentos da Revolução Francesa.

Com 11 anos de idade confessou-se pela primeira vez ao Pe.Groboz que viera, clandestinamente, visitar os seus pais e atendê-los espiritualmente. O exemplo deste sacerdote marcou profundamente a vida do jovem Vianney que recordou - até ao final da vida - a primeira confissão. No último ano do século XVIII recebe a primeira comunhão clandestinamente. De sua mãe recebe a instrução religiosa.

Dos seis filhos - o quarto deles foi João Maria -, desta família de camponeses a educação religiosa era essencial. João Maria aprendeu, em simultâneo, como Jesus tinha nascido e como nasce o trigo.
Uma tarde, Maria Beluze procurava o seu filho João e foi encontrá-lo no fundo do estábulo. Ajoelhado sobre a palha, João rezava com uma estatueta da Virgem nas suas mãos.

Por causa do seu ardente desejo de ser sacerdote, enfrentou uma dura luta para ter êxito nos estudos visto que tinha dificuldade nesta área. No Entanto, o amor às vezes consegue mais do que o talento. Era enorme o seu amor pelas almas.

A 13 de Agosto de 1815, depois de enormes dificuldades, que pareciam insuperáveis por causa dos obstáculos que havia encontrado nos estudos, foi ordenado sacerdote.
Antes de ser enviado para Ars, o Pe. Vianney passou três anos como coadjutor do idoso Pe. Balley, na paróquia de Écully. Quando foi nomeado pároco de Ars, o vigário geral disse-lhe: "É uma paróquia pequena, onde não há muito amor a Deus. Deverá levá-lo para lá". A casa paroquial daquela localidade foi a residência do Pe.Vianney durante 41 anos do seu ministério.

Em 1818, João Maria tinha 32 anos e os superiores, pela escassez de sacerdotes, confiaram-lhe a paróquia de Ars, um lugar afastado, onde nenhum sacerdote havia desejado ficar. Quando chegou lá - como um bom filho de São Francisco - humildemente, a pé, como um pobre entre os pobres, tentou logo conquistar aquelas almas.


Catarina Lassagne, filha de camponeses, foi a principal colaboradora do cura d´Ars e directora da «Providência», um orfanato criado por João Maria Vianney. O seu depoimento no processo de canonização foi o mais amplo e detalhado, e constitui até hoje a principal fonte de dados biográficos sobre o cura d´Ars.


No seu confessionário, onde ás vezes sustentou lutas corpo a corpo com o inimigo, permanecia até 18 horas diárias, convertendo-se numa espécie de altar da misericórdia, onde começaram a acorrer pessoas de todas as partes da França e da Europa. O Santo Cura D'Ars nunca saiu ao átrio para chamar as pessoas, nem correu pelas ruas para agitar a indiferença dos paroquianos e nunca os reprovou. De joelhos diante do tabernáculo e da imagem da Virgem, permanecia longos tempos em oração, comendo apenas o necessário para viver, dormindo poucas horas durante a noite.
Ainda que distraídos e despreocupados, os paroquianos começaram a ajudar. Vendo o pároco ajoelhado, ajoelhavam-se também, e rezavam com ele. A localidade de Ars converteu-se num caminho de peregrinação de todas as partes da França e da Europa.


Os peregrinos acorriam desde o amanhecer à aquela igreja que trinta anos antes se encontrara vazia: "Diga-me onde está Ars, e eu lhe indicarei o caminho do céu", havia dito São João Maria a um pastorzinho antes de chegar à sua paróquia. João Maria Vianney morreu a 4 de Agosto de 1859, aos 73 anos.


Três anos depois, o bispo, Mons de Langalerie, deu início ao processo do Ordinário e recebeu setenta testemunhos. Em 1865, enviou-se uma cópia do processo a Roma. A 6 de Fevereiro do ano seguinte, o Papa Pio IX abriu o processo Apostólico, apesar da regra que exigia como mínimo um prazo de dez anos.


A 30 de Outubro de 1872, o Cura d´Ars foi declarado venerável e a 8 de Janeiro de 1905 foi beatificado e ficou o «patrono de todos os sacerdotes» pelo Papa Pio X que fora pároco como ele. No primeiro dia de Novembro de 1924, o Papa Pio XI canonizou-o na Praça de S. Pedro, na presença de duzentos bispos e 35 cardeais.

In "Agência Ecclesia"

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Oração para o ano Sacerdotal


















Senhor Jesus,
Vós quisestes dar a Igreja, em São João Maria Vianney,
uma imagem vivente e uma personificação da caridade pastoral.
Ajudai-nos a viver bem este Ano Sacerdotal,
em sua companhia e com o seu exemplo.
Fazei que, a exemplo do Santo Cura D’Ars,
possamos aprender como estar felizes
e com dignidade diante do Santíssimo Sacramento,
como seja simples e quotidiana a vossa Palavra que nos ensina,
como seja terno
o amor com o qual acolheu os pecadores arrependidos,
como seja consolador
o abandono confiante à vossa Santíssima Mãe Imaculada
e como seja necessária a luta vigilante e fiel contra o Maligno.
Fazei, ó Senhor Jesus
que, com o exemplo do Cura D’Ars,
os nossos jovens possam sempre mais aprender
o quanto seja necessário, humilde e glorioso,
o ministério sacerdotal que quereis confiar
àqueles que se abrem ao Vosso chamado.
Fazei que também em nossas comunidades,
tal como aconteceu em Ars,
se realizem as mesmas maravilhas de graça
que fazeis acontecer quando um sacerdote
sabe “colocar amor na sua paróquia”.
Fazei que as nossas famílias cristãs
saibam descobrir na Igreja a própria casa,
na qual os vossos ministros possam ser sempre encontrados,
e saibam fazê-la bela como uma igreja.
Fazei que a caridade dos nossos pastores
anime e acenda a caridade de todos os fiéis,
de tal modo que todos os carismas,
doados pelo Espírito Santo,
possam ser acolhidos e valorizados.
Mas, sobretudo, ó Senhor Jesus,
concedei-nos o ardor e a verdade do coração,
para que possamos dirigir-nos ao vosso Pai Celeste,
fazendo nossas as mesmas palavras de São João Maria Vianney:
Eu Vos amo, meu Deus,
e o meu único desejo é amar-Vos
até o último suspiro da minha vida.
Eu Vos amo, Deus infinitamente amável,
e prefiro morrer amando-Vos
a viver um só instante sem Vos amar.
Eu Vos amo, Senhor,
e a única graça que Vos peço é a de amar-Vos eternamente.
Eu Vos amo, meu Deus,
e desejo o céu para ter a felicidade de Vos amar perfeitamente.
Eu Vos amo, meu Deus infinitamente bom,
e temo o inferno
porque lá não haverá nunca a consolação de Vos amar.
Meu Deus,
se a minha língua não Vos pode dizer a todo o momento que Vos amo,
quero que o meu coração Vo-lo repita cada vez que respiro.
Meu Deus,
concedei-me a graça de sofrer amando-Vos
e de Vos amar sofrendo.
Eu Vos amo, meu divino Salvador,
porque fostes crucificado por mim
e porque me tendes aqui em baixo crucificado por Vós.
Meu Deus,
concedei-me a graça de morrer amando-Vos
e de saber que Vos amo.
Meu Deus,
à medida que me aproximo do meu fim,
concedei-me a graça de aumentar
e aperfeiçoar o meu amor.

Amém.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

São João




O filho de Isabel e Zacarias era primo de Jesus e a ele coube a missão de anunciar a chegada do Messias. O primeiro encontro com Jesus aconteceu ainda quando Isabel estava grávida e Maria foi visitá-la. Logo que a Virgem saudou a prima, João estremeceu em seu ventre, denotando um gesto de reconhecimento de estar diante do Senhor.

João era um homem austero, que vivia no deserto, vestia peles de camelo e alimentava-se de gafanhotos e mel. Homem de profunda oração, pregava o baptismo para a remissão dos pecados e, assim, nas águas do Rio Jordão, batizava seus seguidores aos quais conclamava à conversão.

O segundo encontro de Jesus ocorreu justamente quando o Messias procurou o primo para Ele próprio ser baptizado. O gesto de humildade do Senhor marcou o início de sua vida pública.

João, porém, pela veemência de sua pregação incomodava os poderosos, sobretudo a corte do rei Herodes à qual o Baptista denunciava por suas injustiças e devassidões. Herodes havia se casado com Herodíades, que era mulher do seu irmão e a quem João denunciava por haver abandonado o marido para unir-se ao cunhado. Durante um banquete, Herodíades mandou que sua filha Salomé, que era belíssima, dançasse para o rei. Este, extasiado com a beleza da moça, ofereceu a ela um presente, o qual ela própria poderia escolher. Tendo consultado a mãe, a moça pediu-lhe a cabeça de João Batista em uma bandeja. O rei, que havia dado a sua palavra, não teve outra escolha senão atender-lhe o pedido. E, assim, calou-se a “voz que clamava no deserto”.

A festa de São João é, além do Natal, a única celebração da natividade de um santo. Todas as demais festas são marcadas pela data da morte do santo, considerada a data que este entrou para a glória de Deus.

João, por sua importância na história do Messias, recebeu da Igreja a homenagem de ter seu nascimento também comemorado, tal qual Jesus Cristo. Seu martírio é celebrado em 29 de agosto.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Telefones de emergência

Com este título sugestivo, Telefones de Emergência, o folheto Paz e Bem , deixa-nos alguns contactos a não perder…

"Quando estiver triste, ligue para São João, capítulo 14

Quando alguém falar mal de si, ligue para
o Salmo 27

Quando se sentir criativo, ligue para São João, capítulo 15

Quando estiver nervoso, ligue para o Salmo 51

Quando estiver preocupado, ligue para São Mateus, capítulo 6; 19,34

Quando estiver em perigo, ligue para
o Salmo 91

Quando se sentir distante de Deus, ligue para
o Salmo 63

Quando precisar de reactivar mais a fé, ligue para Hebreus 11

Quando se sentir na solidão e com medo, ligue para o Salmo 23

Quando for severo e crítico, ligue para 1ª Coríntios 13

Quando quiser saber qual é o segredo da felicidade de São Paulo, ligue para Colossenses 3; 12-17

Quando quiser saber o que é o Cristianismo, ligue para 1ª Coríntios 5; 15-19

Quando se sentir triste, ligue para Romanos 8; 31-39

Quando quiser encontrar a paz e a tranquilidade, ligue para São Mateus, capítulo 11; 25-30

Quando o mundo lhe parecer maior do que Deus, ligue para o Salmo 90."


In folheto "Paz e Bem" Junho de 2009


segunda-feira, 22 de junho de 2009

Frutos da Oração

Por vezes ouvimos que a oração se revela pelos seus frutos, mas sentimos que continuamos os mesmos na relação com Ele, na nossa vida, com os outros. Quando rezamos o aspecto principal é estar com o Pai, é conhecer o Pai, os seus projectos, os seus desejos, os sonhos que tem comigo e é escutá-Lo. Para nós Ele é o principal na oração e o maior fruto é estar com Ele (no entanto para Ele cada um de nós é o fundamental, é o principal). Portanto o conhecimento que vamos tendo dele é o primeiro fruto da oração. Proponho alguns critérios para reconhecer se a oração nos leva no bom caminho:

*Se existem mais semelhanças entre a nossa vida e a de Jesus

*Se a nossa vida tem cada vez mais sentido apesar de parecer mais complicada por vezes

*Se a oração é uma fonte impulsionadora de gestos e atitudes de atenção e amor ao outro

*Se os frutos são de alegria, generosidade, serenidade e não de medo ou temor

*Se me ajuda a descobrir a minha realidade de pobreza mas que com a sua ajuda posso muito mais, posso tudo o que Ele me propõe

*Se não me tira deste mundo, se não me simplifica apenas mas me faz estar com Ele como sal e levedura no mundo

*Se não me enche de palavras, de seguranças e de garantias mundanas, mas me ajuda a agarrar-me a Ele, quando surgem dificuldades na minha vida ou na de outros.


Se preferirmos podemos fazer um "check-list" das atitudes que experimentamos quando rezamos e assim o Senhor vai-nos transformando. Podemos enumerar os dons do espírito:

Amor, Alegria, Paz, Benignidade, Bondade, Fidelidade, Mansidão, Auto - domínio. (Gálatas 5)


In "Folheto Paz e Bem" Junho de 2009

domingo, 21 de junho de 2009

XII Domingo do Tempo Comum

«Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?»

Se a contemplação da obra da criação nos pode levar a reconhecer a presença de Deus junto dos homens, quanto mais a contemplação das obras realizadas por Jesus Cristo, o próprio Filho de Deus feito homem? E mais ainda do que acalmar a tempestade no lago da Galileia, o Senhor sempre presente na barca da Igreja, continua a trazer a paz e a bonança ao seu povo batido pelas vagas na travessia do mar desta vida a caminho do porto seguro da glória celeste.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele dia,
ao cair da tarde,
Jesus disse aos seus discípulos:
«Passemos à outra margem do lago».
Eles deixaram a multidão e levaram Jesus consigo
na barca em que estava sentado.
Iam com Ele outras embarcações.
Levantou-se então uma grande tormenta
e as ondas eram tão altas que enchiam a barca de água.
Jesus, à popa, dormia com a cabeça numa almofada.
Eles acordaram-n’O e disseram:
«Mestre, não Te importas que pereçamos?».
Jesus levantou-Se,
falou ao vento imperiosamente e disse ao mar:
«Cala-te e está quieto».
O vento cessou e fez-se grande bonança.
Depois disse aos discípulos:
«Porque estais tão assustados? Ainda não tendes fé?».
Eles ficaram cheios de temor diziam uns para os outros.
«Quem é este homem, que até o vento e o mar Lhe obedecem?».

Mc 4, 35-41




Na história da tradição cristã, a barca é símbolo da Igreja. O Evangelho de hoje recorda aquele célebre episódio em que Jesus acalma a tempestade que se havia levantado no mar. Para desespero dos discípulos, o Senhor, aparentemente, alheara-se por completo daquela que parecia ser, sem dúvida, uma situação dramática. É nestes momentos particularmente difíceis que a fé é posta à prova. Regra geral, os nossos medos ignoram a força da fé. Mas é precisamente nessa altura que todos, sem excepção, somos chamados a remar contra ventos e marés. É o Senhor quem nos convida a não cedermos à tentação do desânimo, tal como fizera com Job, imagem do homem vencido pelo sofrimento.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Ano Sacerdotal






Neste dia 19, sexta-feira, Festa do Sagrado Coração de Jesus, será o início do Ano Sacerdotal, proclamado pelo Papa Bento XVI. Bento XVI proclamou o Ano Sacerdotal - de 19 de Junho deste ano até 19 de Junho de 2010 - para celebrar os 150 anos da morte de S. João Maria Vianney.


quinta-feira, 18 de junho de 2009

Almoço convívio - 2009

No próximo dia 5 de Julho (Domingo) vai realizar-se o nosso almoço convívio.
Vamos encontrar-nos na Igreja de Santiago em Alcácer do Sal, pelas 12h00m, para mais uma vez, em conjunto, agradecermos as bençãos do Senhor.
Depois, pelas 13h30m, será servido um almoço na Quinta da Esquerda (Ameira) em Alcácer do Sal.
O preço é de 12.50€ por pessoa sem doces, pelo que será conveniente trazer uma especialidade local ou pessoal.
O convite, como já é hábito, é extensivo aos familiares. Vamos todos tentar dar uma resposta até ao dia 1 de Julho.

PS: Não se esqueçam dos doces

domingo, 14 de junho de 2009

XI Domingo do Tempo Comum



«A menor de todas as sementes torna-se a maior
de todas as plantas da horta»

A pregação de Jesus, ao apresentar o mistério do reino de Deus, e, depois, a pregação continuada na Igreja, é comparada a uma sementeira. O seu desenvolvimento é lento, mas constante e vigoroso, porque é forte a vitalidade da semente, que é a Palavra de Deus. É essa a vitalidade que a faz germinar, crescer, chegar à hora da colheita. A humildade dos começos não é obstáculo à grandeza que o reino de Deus há-de atingir na hora da ceifa.


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,
disse Jesus à multidão:
«O reino de Deus é como um homem
que lançou a semente à terra.
Dorme e levanta-se,
noite e dia,
enquanto a semente germina e cresce,
sem ele saber como.
A terra produz por si,
primeiro a planta, depois a espiga,
por fim o trigo maduro na espiga.
E quando o trigo o permite,
logo se mete a foice,
porque já chegou o tempo da colheita».
Jesus dizia ainda:
«A que havemos de comparar o reino de Deus?
Em que parábola o havemos de apresentar?
É como um grão de mostarda, que,
ao ser semeado na terra,
é a menor de todas as sementes que há sobre a terra;
mas, depois de semeado,
começa a crescer e torna-se a maior de todas as plantas da horta,
estendendo de tal forma os seus ramos
que as aves do céu podem abrigar-se à sua sombra».
Jesus pregava-lhes a palavra de Deus
com muitas parábolas como estas,
conforme eram capazes de entender.
E não lhes falava senão em parábolas;
mas, em particular, tudo explicava aos seus discípulos.

Mc 4, 26-34




O Reino de Deus anunciado por Cristo não aparece, em toda a sua plenitude, da noite para o dia. O seu crescimento é lento, mas seguro e progressivo, como o de uma árvore frondosa. Pela imagem dum cedro que morre e depois renasce, fala-nos o Senhor Deus da queda do povo judaico e do renascimento do maravilhoso reino messiânico. O cristão deve ser o homem da esperança, que fundamenta em Cristo. A Ele deve confiar a sua vida, certo de que a seu tempo será recompensado.

sábado, 13 de junho de 2009

Santo António de Lisboa



Santo António era português, nasceu em Lisboa em 15 de Agosto de 1195 e seu nome de baptismo era Fernando de Bulhões. Filho de Maria Teresa de Taveiro e Martinho de Bulhões conheceu a Fé Cristã na casa rica e nobre, em que morava. Fernando estudou na Escola dos Cónegos da Catedral de Lisboa, onde teve uma profunda educação religiosa. Aos 15 anos decidiu ser padre e depois dessa decisão, teve 10 anos de estudos. Em Coimbra estudou teologia, foi ordenado Sacerdote (Congregação dos Agostinianos) e especializou -se, mais tarde, nas Sagradas Escrituras, de que tanto gostava.

Um certo dia o então Padre Fernando vê bater à porta de seu convento cinco frades franciscanos que estavam se preparando na oração e na penitência para uma acção missionária em Marrocos. Durante esse tempo, manteve com eles uma relação de amizade e admiração. Quando os frades resolveram viajar para a África, despediram-se do Padre Fernando alegres e partiram com os pés descalços, que retratavam a vida pobre e singela, alegre e cheia de simplicidade e fé que levavam. Fernando de Bulhões viu então o quanto a sua vida era diferente daquela. Mediocridade, comodismo e distância dos problemas do povo cristão e não cristãos foram os principais problemas percebidos por ele.
Em 1220, recebeu a notícia de que os cinco missionários franciscanos que tinham ido a África, estavam de regresso... mortos!
Após cruéis sofrimentos, tinham sido assassinados por pregarem o Evangelho em terras da África. Ao ver o exemplo dos cinco missionários, decidiu então tornar-se frei. Vestiu o hábito franciscano, deixou o nome de Fernando e adoptou o de António.
Após uma frustada tentativa de viajar a Marrocos, em companhia do Frei Filipino, foi forçado a aportar na Sicília, em 1221. Pensa-se que no mesmo ano, encontrou São Francisco em Assis, no famoso Capítulo
das Esteiras.
Santo António morreu em 13 de junho de 1231, em Pádua, aos 36 anos de idade e com uma vida de intensa pregação da Palavra de Deus por toda a Itália. Foi sepultado na igrejinha do Convento de Santa Maria de Torricelle. Um mês depois, os habitantes de Pádua pediram ao Papa Gregório IX que elevasse António às honras do altar. Reconhecidas a doutrina e a Santidade de António de Pádua, foi canonizado antes de completar-se 1 ano de sua morte (11 meses). Em 16 de janeiro de 1946, o Papa Pio XII proclama Santo António, Doutor da Igreja, com o título de Doutor Evangélico.


O povo cristão gosta de invocar Santo António como advogado das coisas perdidas. Quando quer encontrar alguma coisa frequentemente invoca o Santo rezando-lhe o conhecido responso:

Se milagres desejais,
Recorrei a Santo Antônio;
Vereis fugir o demônio
E as tentações infernais.

Recupera-se o perdido,
Rompe-se a dura prisão
E no auge do furacão
Cede o mar embravecido.

Todos os males humanos
Se moderam, se retiram,
Digam-no aqueles que o viram,
E digam-no os paduanos.

Recupera-se o perdido...
Pela sua intercessão
Foge a peste, o erro, a morte,
O fraco torna-se forte
E torna-se o enfermo são.

(Repete-se):
Recupera-se o perdido...

Glória ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo

(Repete-se):
Recupera-se o perdido...

V: Rogai por nós, bem-aventurado Antônio.
R: Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

OREMOS
Ó Deus, nós vos suplicamos, que alegre à Vossa Igreja a solenidade votiva do bem-aventurado António, vosso Confessor e Doutor, para que, fortalecida sempre com os espirituais auxílios, mereça gozar os prazeres eternos.
Por Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Amém.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO


«Isto é o meu Corpo. Este é o meu Sangue»

No sacramento do seu Corpo e Sangue, Jesus deixou-nos o memorial do seu sacrifício para que o celebrássemos em memória d’Ele, até que Ele venha no fim dos tempos. Por isso, sempre que celebramos a Eucaristia, proclamamos a morte do Senhor e renovamos a Aliança com Deus, que, na sua morte, Cristo selou em nosso favor.



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

No primeiro dia dos Ázimos,
em que se imolava o cordeiro pascal,
os discípulos perguntaram a Jesus:
«Onde queres que façamos
os preparativos para comer a Páscoa?».
Jesus enviou dois discípulos e disse-lhes:
«Ide à cidade.
Virá ao vosso encontro um homem
com uma bilha de água.
Segui-o e, onde ele entrar,
dizei ao dono da casa:
«O Mestre pergunta:
Onde está a sala, em que hei-de comer
a Páscoa com os meus discípulos?».
Ele vos mostrará uma grande sala
no andar superior, alcatifada e pronta.
Preparai-nos lá o que é preciso».
Os discípulos partiram e foram à cidade.
Encontraram tudo como Jesus lhes tinha dito
e prepararam a Páscoa.
Enquanto comiam, Jesus tomou o pão,
recitou a bênção e partiu-o,
deu-o aos discípulos e disse:
«Tomai: isto é o meu Corpo».
Depois tomou um cálice, deu graças e entregou-lho.
E todos beberam dele. Disse Jesus:
«Este é o meu Sangue, o Sangue da nova aliança,
derramado pela multidão dos homens.
Em verdade vos digo:
Não voltarei a beber do fruto da videira,
até ao dia em que beberei do
vinho novo no reino de Deus».
Cantaram os salmos e saíram
para o monte das Oliveiras.

Mc 14, 12-16.22-26

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Adoração ao Santíssimo Sacramento


Deus precisa de nós,
porque o Mundo precisa de Deus





Sé de Beja - Junho de 2009

segunda-feira, 8 de junho de 2009

"Degrau de Silêncio"


"Degrau de Silêncio" é o nome do novo blogue da responsabilidade da nossa amiga peregrina Dulce. Espaço leve, fresco, carinhoso, sensível, prometedor.

Sigam as suas pegadas em http://www.degraudesilencio.blogspot.com/

domingo, 7 de junho de 2009

Solenidade da Santíssima Trindade

«Baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo»
Antes de voltar para o Pai, Cristo Ressuscitado transmite à Sua Igreja, representada pelos Apóstolos, os Seus mesmos poderes tornando-a assim continuadora da Sua missão.
Enviados para todos os povos do mundo, os Apóstolos anunciarão, por toda a parte, que Jesus continua vivo e deseja que todos os homens participem da vida do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mediante a fé e o Baptismo. Assistidos por Jesus, presente na Sua Igreja, ao longo da história, ensinarão os homens a amar a Deus e os irmãos, mostrando-se, desse modo, discípulos de Jesus.



Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo,
os Onze discípulos
partiram para a Galileia,
em direcção ao monte
que Jesus lhes indicara.
Quando O viram, adoraram-n’O;
mas alguns ainda duvidaram.
Jesus aproximou-Se e disse-lhes:
«Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra.
Ide e ensinai todas as nações,
baptizando-as em nome do Pai
e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-as a cumprir
tudo o que vos mandei.
Eu estou sempre convosco
até ao fim dos tempos».

Mt 28, 16-20




O Evangelho de hoje contém a fórmula com que nas primitivas comunidades cristãs eram baptizados os cristãos, imersos três vezes na água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A obra dos apóstolos consiste em introduzir o Homem todo e todos os Homens na família de Deus. Essa família, a Trindade, está sempre aberta para acolher novos filhos. Pois bem, também nós somos encarregados de levar a salvação a todos os Homens. Estaremos conscientes da missão que nos foi confiada? Desempenhamo-la sozinhos ou em comunidade? E de que forma?

sexta-feira, 5 de junho de 2009

“Renova-nos totalmente e ampara-nos ….”

Senhor Jesus Pai Santo
mais uma vez estamos diante de Ti
para Te Adorar, louvar e glorificar.
Só Tu és o único digno de ser Adorado.
Hoje mais uma vez vimos da agitação da vida.
O cansaço invade-nos o corpo, e também o Espírito.
Senhor Jesus estamos aqui porque sabemos que Tu és Amor, Tu és serenidade, Tu és a Paz que o mundo não nos pode dar.
E às vezes é tão difícil aceitar em paz tudo o que sucede à nossa volta durante um dia de trabalho e luta!...
Senhor Jesus às vezes as coisas em que tínhamos depositado tanta esperança, decepcionam-nos. A família, os colegas, os amigos. As pessoas a quem queríamos fazer bem, às vezes rejeitam-nos. E aqueles a quem socorremos, às vezes até nos exploram. Às vezes sentimo-nos cansados, angustiados e desanimados.
Por isso estamos diante de Ti. Porque diante de Ti sentimo-nos fortes e confiantes.
Ao falarmos conTigo sentimos que escutas a nossa voz.
Aqui estamos:
Sem grandes palavras para dizer.
Sem grandes obras para oferecer.
Sem grandes gestos para fazer.
Estamos aqui. Sozinhos contigo.
Para te Adorar.
Receberemos aqui nesta noite aquilo que nos queiras dar. E tudo o que nos ofereceres que saibamos aceitar com serenidade de Ti Jesus, que és o Amigo que nunca falha.
Um Deus que não exige, mas que convida
Que não força, mas que espera.
Que não obriga, mas que ama.
Que cada um de nós se sinta sempre apoiado no Teu braço e guiados pela tua mão. Para assim podermos retomar o caminho com tranquilidade.
Renova-nos totalmente e ampara-nos para que possamos ver a beleza da vida. Dá-nos a Tua mão para que acertemos sempre no caminho. Dá-nos a Tua bênção para que sejamos presença, no meio do mundo e sinal do Teu amor.
Fica connosco Senhor.
Ámen.

(Oração do Ir. José Domingos na Adoração de Maio 09)

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Peregrinação à Turquia


2000 ANOS DO NASCIMENTO DE SÃO PAULO

20 A 27 DE JULHO DE 2009

Paróquia de Nossa Senhora da Anunciada - Setúbal
Acompanhada pelo Sr. Padre Miguel Alves

1370.00€ TI/QD



Peregrino, se quiser participar nesta pereginação deve contactar a secretaria da Paróquia da Anunciada pelo telef. 265 523 716

Venha peregrinar connosco!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Adoração ao Santíssimo Sacramento

No próximo sábado, dia 6 de Junho pelas 21h00m na Sé de Beja,vai realizar-se mais uma adoração ao Santíssimo. Com esta adoração encerra-se este ano pastoral, ficando a próxima agendada para o mês de Setembro.

Peregrino, aqui fica mais um convite à sua presença.





"Ficai comigo Senhor, porque vossa presença me é necessária." Padre Pio

terça-feira, 2 de junho de 2009

Agradecimentos 2009

A organização da peregrinação vem por este meio agradecer reconhecidamente a todos os que directa ou indirectamente, contribuíram para que a nossa caminhada decorresse num verdadeiro espírito de peregrino.

Sr. Padre José António - Alcácer do Sal
Sr. Padre Abílio - Alcácer do Sal
Sr. Padre Dariuzs - Alvalade do Sado
Sr. Padre Manuel António - Grândola
Sr. Padre Diamantino - Alpiarça
Sr. Padre Elias - Coruche
Sr. Padre Fernando Augusto - Riachos

Paróquia de Cortiçadas do lavre
Paróquia S. João Baptista - Coruche
CNE – Agrupamento 119 - Coruche

Irmandade do Sr. dos Mártires - Alcácer do Sal
FISFA - Fraternidade dos Irmãozinhos de S. Francisco de Assis - Beja
Instituto Missionário Pia Sociedade de São Paulo - Fátima


Santa Casa da Misericórdia de Grândola
Santa Casa da Misericórdia de Coruche
Santa Casa da Misericórdia de Almeirim
Santa Casa da Misericórdia de Torres Novas

Lar de S. José - Almeirim
AURPICAS – Alcácer do Sal
Centro Juvenil Salesiano - Vendas Novas
Casa do Povo de Vendas Novas – Vendas Novas

Câmara Municipal de Alcácer do sal
Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alcácer do Sal
Residência para Estudantes - Alcácer do Sal
Tipografia Alcacerense – Alcácer do Sal

Junta de Freguesia de Santiago - Alcácer do Sal
Junta de Freguesia da Raposa - Raposa
Junta de Freguesia da Riachos - Riachos

Centro Cultural desportivo e Recreativo de Cortiçadas do Lavre
Centro Desportivo dos Bombeiros Voluntários Chamusquenses – Chamusca
Bombeiros Voluntários da Chamusca - Chamusca

Quinta da Torre - Alpiarça
Restaurante O Bife de Perú - Grândola
Restaurante O Canto dos Sabores - Vendas Novas
Café Snack-bar “O Isidro” - Bairro
Restaurante Quinta-Nova – Vale Cavalos


Sr. Manuel António Frasco – Alcácer do Sal
Sr.ª D. Silvina Marques - Santana do Mato
Sr.ª D. Anabela Santos - Vila Chã, Cartaxo
Sr.ª D. Sandra - Chamusca
Sr. Hugo Cavalinhos – Santiago do Cacém
Sr.ª D. Maria Domingos – Cortiçadas do lavre
Sr.ª D. Maria da Graça Chainho - Grândola
Sr. José Machado da Luz – Cabrela
Sr. Samina – Montemor-o-Novo


J. Duarte Ferreira & Filhos, L.da - Grândola
Frutas Etelvino Unipessoal – Vila Nova de Santo André
Saludães – Oliveira de Azeméis
Amorim Isolamentos, S.A. – Vendas Novas

Supermercados Litoral – Alcácer do Sal
Distribuidora Alcacerense, L.da - Alcácer do Sal

Iberent - Lisboa
Lazer e Floresta – Alcácer do Sal
Alconser – Alcácer do Sal



E por fim: ao Rogério, à Noémia, ao João, ao Joaquim, à Maria Ângela, à Laura e ao Ricardo



Bem-hajam!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Sentir 2009


Dez anos , foi o tempo que eu levei a pensar nesta Peregrinação!
Mas a preocupação da minha velhinha Mãe , fez com que eu não concretizasse este meu grande desejo.
Como o Senhor Jesus a chamou para a vida eterna há 7 meses, terei que pedir-lhe desculpa pela desobediência , e fui até Fátima com o grande desejo de chegar e agradecer à Virgem o ter conseguido fazer todo o caminho a pé e também agradecer-lhe tudo o que me tem acontecido de bom e de menos bom, na minha vida.
Os aspectos positivos nesta peregrinação foram tantos que por mais que os queira explicar ...mas os momentos de oração e até os de silêncio foram preciosos, a minha alma parece que se elevou até Jesus e de Sua Mãe Maria Santíssima.
Levava algumas intenções e distribui-as por dias . Uma para cada família que os meus filhos formaram, outra pelos meus amigos , que têm grande importância na minha vida , mas a mais forte e a mais desejada intenção foi pela minha irmã que se encontra numa cadeira de rodas há dez anos.
Como foi a minha 1ª peregrinação a Fátima a pé , este encontro com Maria nossa Mãe foi diferente , muito bom!!! À noite a procissão das velas comoveu-me porque estar ali ao vivo com milhares de pessoas é diferente do que vimos na televisão. No dia 13 o abraço da Paz com os outros peregrinos foi uma grande comoção.
Que mais poderei dizer? Para o ano vou outra vez.
Sinto-me mais próximo de Jesus e de Sua Mãe Maria Santíssima!
A minha Fé aumentou!

Maria Monge
Beja, Maio de 2009



A minha peregrinação foi uma das melhores experiências da minha vida, enriqueci e ainda com mais fé. Agradeço a todos pois sem eles não teria conseguido chegar a Nossa Senhora. Muito obrigada.

Zé Farinha
Grândola, Maio 09




Vou dar o meu sincero testemunho.
O ser humano é um doente, porque lhe falta Unidade. Nesta peregrinação a Fátima eu procurei essa Unidade com Deus e ao longo da caminhada, meditando, rezando e cantando, senti sempre presente a entrega, o amor e a união. Foi forte a partilha dos peregrinos, na doença, na morte, na culpa e alegrias; deixando tudo de assumir conotações negativas. VIVEMOS EM PAZ – Foi uma Glória, o Alimento recebido do Senhor.

Julita Rodrigues
Cabanas de Tavira, Maio de 2009




Desde criança que eu sentia o desejo de ir a Fátima a pé. Quando via os peregrinos na televisão, era algo que me prendia e eu pensava : ( quem me dera poder ir além para sentir o que eles sentem) e estes pensamentos foram-me sempre acompanhando durante todo o meu crescimento. Só o ano passado tive oportunidade de saber através dos irmãozinhos de São Francisco de Assis, que era possível realizar este sonho. Como estava em cima do tempo, não deu para organizar o meu trabalho de maneira que pudesse ir e resolvi começar a preparar logo para ir este ano. Digo-vos que foi um dos momentos maravilhosos que tive durante a minha vida.
Quando saí da igreja de Nossa Senhora dos Mártires em Alcácer, senti-me diferente, á medida que me ia aproximando da natureza, mais pequenina me sentia, achei que eu era tão pequenina perante a Grandeza de Deus, nunca tinha olhado a natureza com estes olhos.
Senti-me sempre em família no grupo, durante a peregrinação, rezámos, cantámos, trocávamos experiências de vida, o que eu acho que me enriqueceu muito.

Celebrávamos também a Eucaristia e tínhamos reflexões sobre São Paulo. Enfim ,achei tudo tão bom que nem me sentia cansada, eu até achei que fui sempre ao colo de Jesus até aos braços de Sua Mãe. Nunca tive dores nem cansaço. Foi sempre com tanta alegria que caminhei, que nem me custou nada, para mim não foi sacrifício, mas sim cumprir um desejo que me vinha cá de dentro do meu coração. No sábado quando caminhámos de Coruche a Almeirim, apanhámos uns bons Km de chuva e trovoada, eu só tinha a t’shirt e as calças do fato de treino, fiquei toda molhada, a D. Maria João andava distribuindo sacos para fazerem capas, eu não quis, como já estava molhada assim continuei, senti-me sempre envolvida pelo Senhor, nunca senti frio. O apoio não podia ser melhor, nunca sentimos falta de nada, a todo o instante nos ofereciam água, fruta, bolinhos, rebuçados, enfim mimaram - nos muito, sempre com um sorriso que nos contagiavam. Agradeço a todos os que caminharam comigo, pelos laços de amizade que criámos. Agradeço também á enfermeira Nazaré e ao Ricardo pelo carinho com que nos trataram, depois de longas caminhadas estavam sempre dispostos para nos servir. Á D. Maria João, á Lídia e á enfermeira Nazaré ( que foram as nossas guias) o meu muito obrigado pelo trabalho e obra que realizaram, de certeza que mais perfeito que esta organização só Deus. PARABÉNS.
Contem comigo, eu para o ano se Deus quiser, vou voltar e se possível com mais peregrinos comigo.

Luisa Pôla
Alvito, Maio de 2009



Peregrinei para rezar, para fortificar a fé em Jesus e não esquecer a grandeza e o amor incondicional de Maria, a sua protecção e amparo.
Peregrinei com os peregrinos mas sem sentir nos pés as agruras da caminhada , quis estar presente, viver o ambiente fraterno de partilha, desprendimento, humildade, prestando o apoio que fosse preciso, a quem fosse preciso, não pedindo nada em troca, senão viver intensamente estes oito dias de fé e de graça.
Foi diferente de caminhar mas mesmo assim foi gratificante e intenso, acompanhar passo a passo a caminhada, socorrer os mais aflitos, saciar a sede, preparar e distribuir alimentos para o corpo em esforço, incentivar os mais abatidos, enfim, estar presente e atenta.
Bem hajam todos os que nestes dias permitiram e facilitaram esta missão e todos os que viveram a alegria de chegar ao Santuário para ajoelhar e agradecer.

Laura Miranda
Vila Nova de Santo André, Maio de 2009




Desde algum tempo que queria fazer a peregrinação a Fátima, só este ano me foi possível.
Foi gratificante para mim o conviver todos estes dias com um grupo de peregrinos maravilhosos.
Aprendi muito, encontrei umas pessoas com mais dificuldades que outras, mas todas tinham a mesma missão, chegar ao fim.
Para já mais parecíamos uma família, sentia como se já nos conhecêssemos há muito tempo.
Depois sinto que hoje nos olhamos de facto como se de uma família se tratasse.
E assim que eu sinto e acho que eles sentem o mesmo como Irmãos unidos pelo amor da Mãe Santíssima do seu divino Filho, que nos une com a sua luz.
Existe outra parte que não quero deixar de frisar, o apoio constante fruto de uma excelente organização. Um grande bem haja para todos.

Júlia Gomes
Ferreira do Alentejo, Maio de 2009




A minha peregrinação a Fátima 2009

Como todo o ser humano tenho vários objectivos na vida. Alguns deles já se concretizaram e outros estão por concretizar, os quais com a ajuda de deus, irei fazê-lo na medida do possível.
Um deles e talvez o mais importante era fazer, a peregrinação ao Santuário de Fátima. Sou devota da Nossa Senhora e a presença na Cova da Iria dá-me Paz e força para enfrentar os revezes da vida.
Decidi fazer a Peregrinação este ano e lá parti, com um grupo de peregrinos embaídos de um espírito de fé e ajuda mútua.
Sabia que iria ser difícil, mas ao ver a Alegria e Força de vontade dos outros caminhantes depressa me apercebi que iria ser empolgante e que nada me levaria a desistir.
Foram quilómetros e quilómetros, por vezes debaixo de um céu carregado e trovejante que depressa se abriu e a chuva caiu copiosamente como a querer lavar-nos a alma e a refrescar as feridas e mazelas do corpo.
Apesar de muitas pessoas acharem que não iria conseguir, isso, mais forças me deu para continuar. É certo que sofri no corpo, especialmente nas pernas, as agruras da caminhada:
Os tornozelos incharam e apareceram algumas bolhas nos pés, mas não foi nada que não suportasse, pois como peregrino, não era eu que escaparia ao ditado: o mais cansativo foi para mim, andar com a “casa a costas”: ter que fazer malas, desfazer malas, foi o mais difícil depois de um dia inteiro a caminhar; mas tudo isto era compensado com a beleza da paisagem, com o convívio e com o pensamento que estava a concretizar um objectivo ao muito imposto a mim mesmo.
Apesar de tudo isto, com a ajuda dos meus companheiros de viagem, com o apoio dado pela organização e em especial com a ajuda da Nossa Senhora Fátima, tudo correu bem e se Ela e Deus quiserem para o ano cá estarei para fazer parte do grupo de Peregrinos.

Vitória Gomes
Alcácer do Sal, 21 Maio de 2009




Desde a primeira vez que a Maria João me pediu ajuda na peregrinação que lhe dispensei aquilo que estava à minha mão. Todos os anos via passar o grupo de peregrinos e perguntava a mim mesmo quando é que seria a minha hora. Aguardei sempre que Ele me chamasse, que eu ouvisse a Sua voz no meu coração. E este ano chegou, rapidamente e sem aviso. Algo me disse que tinha chegado a minha vez, que era necessário deixar tudo para trás e seguir esse apelo. E, em menos de uma semana, estava a caminhar em grupo para Fátima. Senti necessidade de fazer esta caminhada por mim, pela minha família, pelos outros. O meu eu estava a necessitar de se encontrar, de fazer um momento de introspecção, necessitava de me encontrar com Jesus, com Deus, e fi-lo através de Maria.
Como em tudo na vida, não foi fácil.
Contudo, cada passada, cada dificuldade, representaram uma vitória, representaram uma conquista, representaram um degrau na longa escada para Deus. Não me queixei, como sempre o fiz na minha vida. Aceitei tudo porque Deus é que decide. A nós cumpre-nos aceitar. Caminhei lado a lado com desconhecidos que reconheci como irmãos. Não julguei, antes escutei o irmão que caminhava comigo. Falei com todos os que pude, dei a mão quando me pediriam, estive atento a ajudar aquele que não pediu nada, compartilhei com todos as minhas orações, elevei em cântico as nossas preces, rezei em silêncio quando os outros iam em silêncio, dispus na mesa os meus dons para que todos usufruíssem. Aguentei o sol e a chuva como a dádiva divina que tudo destrói e gera. Senti que em mim se ia a pouco e pouco gerando um outro eu e destruindo-se um homem velho. Busquei Deus e encontrei-O no fim da caminhada, depois da subida, ao fundo da estrada: encontrei-O em Maria, encontrei-O no irmão peregrino a quem dei um abraço, encontrei-O na lágrima que compartilhei com todos, encontrei-O no perdão, encontrei-O na paz interior que me invadiu.
Hoje, pedem-me que dê um testemunho da caminhada, mas quase que me apetece dizer que não posso, porque é impossível aos homens verem como o meu coração está pleno de paz interior, como o meu espírito consolidou a figura Divina, como o meu corpo se alimentou dum alimento não visível. Sinto que neste momento estou saciado, mas voltarei a ter necessidade outra vez desse alimento, e, nessa altura não me restará outra opção senão voltar a deixar tudo o que tenho e seguir o Seu chamado. Nesse dia espero encontrar os irmãos com quem caminhei, e, se não os encontrar fisicamente, levá-los-ei no meu espírito.
Obrigado companheiros de viagem.

João C.P. Martins
Cortiçadas do lavre, Maio de 2009




“Vivemos todos com o objectivo de sermos felizes; as nossas vidas são tão diferentes e, no entanto, são tão iguais”. Anne Frank

A peregrinação é uma viagem solitária ao interior de nós mesmos, sem data de partida e de chegada.
Da mesma, retirei uma lição de humildade e de coragem, percebi que, o Amor do ser humano pelo Autor da Vida fornece força na fragilidade, aquieta o pensamento, apazigua as emoções e, inconscientemente, liberta-nos do medo de falhar, dos sentimentos de autopunição e, até mesmo, da pretensão de sermos, permanentemente, intelectualmente extraordinários.
Acredito com veemência que “ o que fica para trás de nós e o que nos espera são questões insignificantes comparadas com o que temos dentro de nós”.
O amor eleva a todos a quem toca e, sentindo a estrada debaixo dos meus pés, ora quente, ora molhada, vencia suavemente, com cada passo, a caminhada, com a serenidade e firmeza, que me alentaram o sonho de chegar ao fim.
Sinto, ainda, a tranquilidade e a paz que me presentearam nos momentos de reflexão, longe da “razão”, quase sempre, tão solitários e infinitos que me transvazaram a alma, revelando na mudez, aquilo que cala a ciência.

“Preencham a vossa vida com todos os momentos e sentimentos de alegria e paixão humanamente possíveis. Comecem com uma experiência e, depois, acrescentem - na”.
A felicidade depende de nós e, com ela, recordo e beijo, com saudade, cada rosto suado, sofrido, solidário e generoso dos peregrinos, que me acompanharam e fazem acreditar, profundamente, que a fé transcende a “lógica” e afastando a “razão” aproxima-nos da perfeição.

“Sê tu a mudança que queres ver no Mundo” Gandhi

Manuela Ferreira
Sines, Maio de 2009




Deixem-me contar-vos uma história...

É uma história pequena, que começa como todas as histórias.
Era uma vez... O meu nome é Vítor e fiz uma peregrinação até Fátima...fui a pé.

Para muitos dos jovens da minha idade ir numa peregrinação a pé pode parecer uma ideia maluca...mas eu estava a precisar de ir.

Quando me falaram desta peregrinação, disse imediatamente...”EU VOU”.
Mas porque é que eu tinha de ir numa peregrinação...o que é que me fazia andar 330 quilómetros desde a minha casa até ao Santuário da Sagrada Mãe?

Para muitos dos meus companheiros de caminhada foi pagar uma promessa. Para outros era apenas ir novamente. Para mim era uma necessidade.
Sabem, eu estive perdido dentro de mim durante muito tempo. Procurei muitas vezes as respostas às minhas perguntas. Perguntas essas que me fizeram revoltar contra tudo e contra todos.
Diversos acontecimentos na minha vida levaram-me a revoltar-me, inclusive, com Deus.
Afastei-me de tudo o que tinha a ver com a igreja. Se Deus era tão poderoso e nos amava tanto porque não me tinha ajudado? Por que é que não tinha ajudado os meus irmãos, a minha mãe... por que é que eu tinha de sofrer tanto?
Estas perguntas foram marcando a minha vida. Tive que ir trabalhar sozinho para a Suíça, deixando para trás a minha família e os meus amigos. Deixei tudo. Até a mim próprio.

A peregrinação pareceu-me uma boa forma de me tentar encontrar. De encontrar uma explicação para as coisas que me tinham acontecido. Explicaram-me que teria momentos de reflexão... de encontro com Deus. Talvez eu conseguisse falar com Ele... Talvez Ele me respondesse.

Assim comecei a andar. Saí de Odemira com um grupo pequeno de peregrinos. Cada um com intenções próprias. Eu apenas tinha algo na mente. Encontrar um sentido para tudo.

O que encontrei foi muito mais do que pedi. Mais do que estava à espera.
Encontrei uma comunidade...um grupo ao qual eu podia fazer parte. Encontrei em cada pessoa um amigo. Encontrei Graça e a Bondade. Em suma, encontrei-me e encontrei os outros. Todos aqueles que durante tanto tempo eu tinha afastado, principalmente DEUS.

Depois desta peregrinação percebi que eu tinha desistido dele... Mas ele não tinha desistido de mim. Esteve sempre comigo. Protegeu-me quando eu andei perdido.

Percebi que cada uma das pessoas na peregrinação eram um instrumento do seu poder. Algo que eu ultrapassava e completava.

Assim, e como não podia deixar de ser, quero agradecer a todos companheiros de peregrinação. Pelo apoio, palavras e incentivo, mas especialmente estou perante vocês para agradecer a Deus. Por nunca me ter deixado. Por nunca desistir de mim.
Para o ano que vem...há mais. E eu vou estar lá.

O um nome é Vítor. Tenho 20 anos. E sou peregrino de Fátima.

Vítor Valente
Odemira, Maio de 2009

Caminhar do Sul no Mundo