sábado, 12 de setembro de 2009

Santíssimo Nome de Maria

Festa do Santo Nome de Maria, ou simplesmente Santo Nome de Maria,


é uma festa da Igreja católica que celebra o nome de Maria, mãe de Jesus.

Esta festa era apenas realizada em Cuenca, Espanha, quando foi instituída em 1513, e inicialmente comemorada em 15 de Setembro.
Em 1587, o Papa Sisto V mudou o dia da celebração para 17 de Setembro. O Papa Gregório XV estendeu a festa para a Arquidiocese de Toledo em 1622.
Em 1666 os Carmelitas Descalços receberam a permissão para recitar o Ofício do Nome de Maria quatro vezes por ano (dúplice). Em 1671, a festa foi estendida para toda a Espanha.
Após a vitória dos cristãos, sobre os turcos na Batalha de Viena, em 1683, conduzida pelo rei Jan III Sobieski da Polónia (que antes do seu início coloca as suas tropas sob protecção da Virgem Maria), o Papa Inocêncio XI pretendendo homenagear Maria, estende esta festa a toda a Igreja e atribuída ao domingo após o Nascimento de Maria.
No Calendário Ambrosiano de Milão, a festa do Santo Nome de Maria foi atribuído a 11 de Setembro. No tempo do Calendário Geral Romano como em 1954, a data foi fixada como 12 de Setembro.
Após um curto período, quando ela foi removida, porque foi considerada uma duplicação da festa do Nascimento da Virgem Maria em 8 de Setembro, foi restabelecida a 12 de Setembro.





Padre António Vieira: Sermão na ocasião em que Sua Santidade instituiu a festa universal do mesmo Santíssimo Nome

Só vos digo que invoqueis o nome de Maria quando tiverdes necessidade dele: quando vos sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza: quando vos molestarem os achaques do corpo, ou vos não molestarem os da alma: quando vos faltar o necessário para a vida, ou despejardes o supérfluo para a vaidade: quando os pais, os filhos, os irmãos, os parentes se esquecerem das obrigações do sangue: quando vo-lo desejarem beber a vingança, o ódio, a emulação, a inveja: quando os inimigos vos perseguirem e os amigos desampararem, e de onde semeastes benefícios, colherdes ingratidões e agravos: quando os maiores vos faltarem com a justiça, os menores com o respeito, e todos com a proximidade: quando vos inchar o mundo, vos lisonjear a carne, e vos tentar o demónio, que será sempre e em tudo: quando vos virdes em alguma dúvida, ou perplexidade, em que vos não saibais resolver, nem tomar conselho: quando vos não desenganar a morte alheia, e vos enganar a própria, sem vos lembrar a conta de quanto e como tendes vivido, e ainda esperais viver: quando amanhecer o dia, sem saberdes se haveis de anoitecer, e quando vos recolherdes à noite, sem saber se haveis de chegar a manhã: finalmente, em todos os trabalhos, em todas as aflições, em todos os perigos, em todos os temores, e em todos os desejos e pretensões, porque nenhum de nós conhece o que lhe convém: em todos os sucessos prósperos ou adversos, e muito mais nos prósperos, que são os mais falsos e inconstantes: e em todos os casos e acidentes súbitos da vida, da honra, da fazenda e principalmente nos da consciência, que em todos anda arriscada, e com ela a salvação.
E como todas estas coisas, e cada uma delas necessitamos de luz, alento e remédio mais que humano; se em todas e cada uma recorremos à protecção e amparo da Mãe das misericórdias, não haverá dia, nem hora, nem momento, que não invoquemos o nome de Maria.

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