quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Em memória de

A morte não é nada.
Apenas passei ao outro mundo.
Eu sou eu. Tu és tu.
O que fomos um para o outro ainda o somos.
Dá-me o nome que sempre me deste.
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes o tom a um triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.
Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie em casa
como sempre se pronunciou.
Sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.
A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Porque eu estaria for a de teus pensamentos,
apenas porque estou fora de tua vista ?
Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Já verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
e nele redescobrirás a ternura mais pura.
Seca tuas lágrimas e
se me amas, não chores.

Santo Agostinho

1 comentário:

Nazaré disse...

Se soubesses o bem que me fez ler hoje este poema...Sim, a morte não pode ser nada.Tem de haver algo mais do outro lado, porque o cordão que nos une a quem amamos, a morte não consegue destruir. Nazaré Leitão 15-08-2012

Caminhar do Sul no Mundo