quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Nossa Senhora de Lourdes


Entre os dias 11 de Fevereiro e 16 de Julho de 1858, uma Senhora apareceu dezoito vezes a uma jovem de catorze anos, Bernadete Soubirous.

As aparições aconteceram na gruta de Massabielle, não muito longe de Lourdes.


Somente Bernadete via e ouvia a Senhora, mas não estava sozinha na Gruta durante as aparições: à sua volta, abundavam observadores, favoráveis ou cépticos, que surgiam cada vez mais numerosos. O poder institucional, o clero e a opinião pública logo se interessaram pelo assunto.

Quando se deu a 16ª aparição, no dia 25 de Março de 1858, exatamente no dia da festa da Anunciação, a Senhora dá-se a conhecer dizendo à jovem: "Eu sou a Imaculada Conceição..."


Bernadete era a filha mais velha de uma família que mergulhava progressivamente na miséria e que seria colocada à prova, vivenciando várias mortes de alguns filhos de tenra idade. Bernadete é acometida de asma, não podendo frequentar a escola nem o catecismo. Ela ainda não havia feito a Primeira Comunhão. Mas, a família era muito unida e profundamente cristã. Bernadete conhecia muito bem as "suas" orações.

As primeiras aparições são silenciosas. A Senhora convida Bernadete a fazer o sinal da Cruz e a rezar o terço. No dia 18 de Fevereiro, Ela pede a Bernadete que "lhe faça o favor de comparecer ao local da aparição durante quinze dias".
No final do mês de Fevereiro, a Senhora transmite-lhe o pedido que faz aos homens. Ela deseja que eles se convertam e que rezem pelos pecadores: "Dirijam-se até a fonte para beber da sua água e para nela se banharem...".
No dia 2 de Março, a Senhora encarrega Bernadete de uma missão: "Vai dizer aos padres que venham aqui em procissão e que neste local construam uma capela."
Foi somente durante a 16ª aparição, no dia 25 de Março, festa da Anunciação, que a Senhora se deu a conhecer: "Eu sou a Imaculada Conceição."
As duas últimas aparições seriam silenciosas como as primeiras.


Maria confiou a Bernadete três segredos que jamais lhe foram arrancados. Durante os oito anos que se seguiram às aparições, Bernadete tornou-se pensionista, sem ser religiosa, tanto no convento das Irmãs de Caridade, como no das Irmãs da Instrução cristã de Nevers, em Lourdes. Bernadete entrou no noviciado, em Nevers, em 1866, e lá permaneceu aproximadamente treze anos, ocupando, sobretudo, o cargo de enfermeira.

Faleceu aos 33 anos, numa quarta-feira da Semana Santa, em 1879, e foi beatificada em 1925 e canonizada em 1933.
As curas, por seu intermédio, iniciaram-se com as aparições. A maior parte delas estão ligadas à água da fonte. Bernadete jamais admitiu que esta água fosse chamada de milagrosa, e que as curas lhe tivessem sido atribuídas, pessoalmente.
A partir de 1858, sessenta e seis curas foram declaradas milagrosas, ao cabo de procedimentos complexos que não encontraram equivalência em nenhum outro lugar de todo o mundo católico. As aparições foram reconhecidas como autenticas pelo Bispo de Tarbes, Monsenhor Laurence, em 1862.
Todos os Papas manifestaram uma grande afeição (dedicação) a Lourdes.

As aparições de Lourdes que ocorreram quatro anos após a proclamação do Dogma da Imaculada Conceição, fizeram com que todos os Papas manifestassem especial dedicação a Lourdes.

Nas listas dos Santuários Marianos, Lourdes está sempre em destaque. O papa Leão XIII escreveu uma Encíclica para festejar a consagração da Basílica Nossa Senhora do Rosário, em 1901. João XXIII, por sua vez, consagrou a Basílica São Pio X, alguns meses antes de tornar-se Papa. O Papa João Paulo II esteve presente em Lourdes para presidir as festas do dia 15 de Agosto de 1983 e veio como peregrino, mais uma vez, para a festa da Assunção, no dia 15 de Agosto de 2004.

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