sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Santa Mónica, mãe de Santo Agostinho



Mónica nasceu em Tagaste, actual Argélia, na África, no ano 331, no seio de uma família cristã.
Desde muito cedo dedicou a sua vida a ajudar os pobres, que visitava com frequência levando o conforto através das palavras de Deus. Teve uma vida muito difícil. O marido era um jovem pagão muito rude de nome Patrício que a maltratava. Mónica suportou tudo em silêncio e mansidão. Encontrava o consolo nas orações, que elevava à Cristo e à Virgem Maria pela conversão de seu esposo. E Deus recompensou a sua dedicação, pois ela pode assistir ao baptismo do marido, que se converteu sinceramente um ano antes de morrer.

Mónica teve dois filhos, Agostinho e Navígio, e uma filha, Perpétua, que se tornou religiosa. Porém, Agostinho, foi sua grande preocupação, motivo de amarguras e muitas lágrimas. Mesmo dando bons conselhos e educando o filho nos princípios da religião cristã, a vivacidade, inconstância e o espírito de insubordinação de Agostinho, fizeram que a sábia mãe adiasse o seu baptismo, com receio que ele profanasse o Sacramento.

E teria acontecido, porque Agostinho, aos dezasseis anos, saindo de casa para continuar os estudos, tomou o caminho dos vícios. O coração de Mónica sofria muito com as notícias dos desmandos do filho e por isso redobrava as orações e penitências.
Certa vez, ela foi pedir os conselhos do Bispo, que a consolou dizendo: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Agostinho tornou-se um brilhante professor de retórica em Cartago. Mas, procurando fugir da vigilância da mãe aflita, às escondidas embarcou num navio para Roma, e depois para Milão, onde conseguiu o cargo de professor oficial de retórica.
Mónica desejando a todo custo ver a recuperação do filho, viajou também para Milão, onde, aos poucos terminou seu sofrimento. Isto porque, Agostinho, no início por curiosidade e retórica, depois por interesse espiritual, tornou-se num frequentador dos envolventes sermões de Santo Ambrósio. Foi assim que se deu sua conversão e recebeu o baptismo, junto com seu filho Adeodato.
Assim, Mónica colhia os frutos de suas orações e de suas lágrimas. Mãe e filho decidiram voltar para a terra natal, mas, chegando ao porto de Óstia, perto de Roma, Mónica adoeceu e logo depois faleceu, a 27 de agosto de 387 com cinquenta e seis anos.

O Papa Alexandre III confirmou o tradicional culto à Santa Mónica, em 1153, quando a proclamou “padroeira das mães cristãs”.
A sua festa deve ser celebrada no mesmo dia em que morreu. O seu corpo venerado durante séculos na igreja de Santa Áurea em Óstia, em 1430 foi trasladado para Roma e depositado na igreja de Santo Agostinho.

1 comentário:

Unknown disse...

Desconhecia esta maravilhosa história.

Uma História que fortalecerá,com toda a certeza,as mães que estão/estiveram nas mesmas circunstâncias.Uma história que vou partilhar com a minha mãe,uma velhinha de 85 anos,cujos olhos marejaram tantas vezes.

MJulia

Caminhar do Sul no Mundo