terça-feira, 11 de novembro de 2008

São Martinho




Martinho era filho de um soldado do exército romano e, como mandava a tradição filho de militar segue a vida militar, entrou para o exército com 15 anos, tendo chegado a cavaleiro da guarda imperial.
Tinha a religião dos seus antepassados, deuses que faziam parte da mitologia dos romanos, deuses venerados no Império Romano, que, como é óbvio, variavam um pouco de região para região, dada a imensidão do Império. O jovem Martinho não estava insensível á religião pregada, três séculos antes, por um homem bom de Nazaré.
Um dia aconteceu um facto que o marcou para toda a vida, provavelmente no ano de 338. Numa noite fria e chuvosa de Inverno, às portas de Amiens (França), Martinho, ia a cavalo, quando viu um pobre com ar miserável e quase nu, que lhe pediu esmola. Martinho, que não levava consigo qualquer moeda, num gesto de solidariedade, cortou ao meio a sua capa que entregou ao mendigo para se agasalhar. Os seus companheiros de armas riram-se dele, porque ficara com a capa rasgada. De imediato, a chuva parou e os raios de sol irromperam por entre as nuvens.

Conta a lenda, que no dia seguinte Martinho teve uma visão e ouviu uma voz que lhe disse: «Cada vez que fizeres o bem ao mais pequeno (no sentido social de mais desprotegido) dos teus irmãos é a mim que o fazes». A partir desse dia Martinho passa a olhar para os cristãos de outro modo. Funda primeiro o mosteiro de Ligugé e depois o mosteiro de Marmoutier, perto de Tour, com um seminário. Entretanto a sua fama espalha-se. Muitos homens vão seguir Martinho e optar pela a vida monástica. Com o tempo, as suas pregações, o seu exemplo de despojamento e simplicidade, fazem dele um homem considerado santo.


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